A psicóloga de 31 anos, que mora em Itu e deu entrada nesta terça-feira (5) no Hospital São Luiz em Campinas com o corpo de um recém-nascido dentro de uma mala, será presa e responderá por ocultação de cadáver – segundo a Polícia Civil.
A mulher será levada à delegacia assim que tiver alta médica – prevista para ocorrer nesta quarta-feira (6).
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o parto foi feito na casa da gestante na quinta-feira (30), e o namorado da mulher tinha ciência do ocorrido.
Segundo um policial militar, ela teria dito que escondeu a gravidez dos pais e que sofreu um aborto espontâneo.
Porém, isso não seria possível porque, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o termo aborto só pode ser usado quando a interrupção da gestação é até a 22ª semana (5 meses e meio) – leia mais abaixo.
O bebê era do sexo masculino, pesava 3,7 kg, tinha 50 cm e “apresentava sinais evidentes de morte e rigidez”, informou a Polícia Militar, indicando que a morte já tinha pelo menos um dia.
À PM, ela ainda teria dito que colocou o neném em uma mala e que o escondeu em uma estante, depois que o abortou.
Ela, então, teria ido com os pais ao hospital pedir ajuda. Mas a polícia foi acionada e acompanha o caso no hospital.
Aborto ou óbito fetal?
A professora Maria Laura Costa do Nascimento, do departamento de Obstetrícia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, explica que é depois da 22ª semana de gestação o que ocorre não é aborto, mas óbito fetal se morte for dentro do útero.
Ainda de acordo com a médica, a ciência consegue identificar se um bebê morreu dentro do útero ou não. Além disso, é possível que uma mulher grávida dê à luz a um bebê morto.
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