A nova pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), em todo território nacional, aponta que 45% dos estabelecimentos do setor fecharam o mês de agosto com lucro. O levantamento ouviu 1.670 empresários entre 24 e 31 de agosto. Se comparado com o resultado da última sondagem, que aconteceu em junho, o resultado é positivo, já que na ocasião eram só 37% que fecharam o mês no azul.
Ainda segundo o estudo, 19% dos entrevistados disseram que terminaram agosto no vermelho. Esse é o menor patamar desde o início da pandemia, índice menor do que o registrado em junho, quando 26% dos estabelecimentos não fecharam as contas.
Segundo Matheus Mason, presidente da Regional Campinas da Abrasel, que engloba cerca de 50 cidades do interior paulista, os índices na região seguem a tendência nacional e os resultados animam o setor para contratações.
“As vagas estão sendo abertas e muitas preenchidas, mas ainda temos uma grande dificuldade para encontrar mão-de-obra qualificada, o que virou um dos maiores desafios para os bares e restaurantes da região no momento”, completa.
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SEGUNDO SEMESTRE
O setor demonstra otimismo também em relação às contratações, principalmente por causa da chegada da Copa do Mundo e do Verão, que devem aumentar o movimento nos bares e restaurantes. 38% dos entrevistados responderam que devem contratar até o fim do ano. O índice é um pouco superior ao registrado na pesquisa anterior, quando 36% mostravam intenção de admitir novos empregados. De acordo com o levantamento de agosto, 54% esperam manter o quadro de funcionários e só 7% pensam em demitir.
Para Paulo Solmucci, presidente-executivo nacional da Abrasel, fatores como a redução nos índices da inflação e a entrada de dinheiro na economia por meio de programas sociais animam o setor.
“A volta do movimento aponta para um segundo semestre bom para a maioria. Devemos ter a confirmação da nossa previsão de gerar mais 100 mil novas vagas até o fim do ano. Mas não podemos descuidar daqueles que ainda não conseguiram colocar o negócio nos trilhos”, pontua Solmucci.
CRÉDITO
A pesquisa também mostrou uma leve melhora no crédito. O número de empresas com empréstimos bancários ficou estável em relação ao levantamento anterior, mas o número dos estabelecimentos que estão inadimplentes caiu de 27% para 23%. Em relação àqueles que têm dívidas com o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), o índice ficou no mesmo patamar: 15%.
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