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CotidianoQueda de avião em Vinhedo completa um mês com perguntas a serem respondidas; veja quais

Queda de avião em Vinhedo completa um mês com perguntas a serem respondidas; veja quais

Tragédia que matou 62 pessoas completa um mês nesta segunda-feira (9); relatório preliminar do Cenipa já foi divulgado

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A queda do avião da Voepass em Vinhedo, que matou 62 pessoas, completa um mês nesta segunda-feira (9). Foram semanas de angústias e incertezas para familiares e amigos das vítimas e também de expectativa para saber o que causou essa tragédia.  

O relatório preliminar do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da FAB (Força Aérea Brasileira), sobre a queda do avião, foi divulgado na última sexta-feira (6), e apontou falhas no indicador de gelo da aeronave. Foram quase três horas de coletiva de imprensa para expor detalhes do avião e das condições meteorológicas daquele início de tarde. Os investigadores apontaram todas as informações já obtidas desde a decolagem do ATR-72-500 em Cascavel, no Paraná, até a queda.  

O relatório preliminar do Cenipa não determinou, ainda, as causas do acidente, mas apontou linhas de ação que devem ser seguidas e os pontos que ainda precisam ser aprofundados pelos investigadores. O relatório final, com detalhes das causas do acidente, deve levar ao menos mais um ano para ser divulgado.  

Veja quais perguntas ainda precisam ser respondidas:  

Perguntas a serem respondidas sobre a queda do avião em Vinhedo  

Sistema que quebra o gelo falhou?  

Segundo o relatório preliminar, alarmes que apontam formação gelo na aeronave foram acionados dentro da cabine dos pilotos antes da queda do avião em Vinhedo. A partir do conteúdo das caixas-pretas, foi identificado que o botão ligou e desligou algumas vezes.   

Porém, o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, disse que essa fala dos tripulantes sobre falhas no sistema não significa, necessariamente, que ele falhou. A investigação ainda deve aprofundar nesse item para entender se houve uma falha.    

Em uma matéria exibida ontem (8), o Fantástico, da TV Globo, ouviu um piloto com muita experiência de 6 mil horas de voo em ATR no Brasil. Diego Amaro, ex-comandante do ATR, comentou que esse ‘liga e desliga’ do degelo do sistema da aeronave pode ter, basicamente, três causas.  

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“Teve uma falha, ou então desliga porque saiu do gelo. Ou ainda, talvez, falha um pouquinho o sistema, e você desliga para resertar. Espera um pouquinho, e liga outra vez”, disse.  

Já o comandante Dieter Reisinger, piloto de testes e instrutor do simulador do ATR na Áustria, disse que, pelo relatório, ficou com a impressão de que eles estavam acostumados com o sistema de degelo dar defeito.  

“Então eles pensam: vamos desligar esperar um tempo e ligar de novo para ver se agora funciona. Me parece que em voos anteriores eles já tinham passado por essas mensagens, os alarmes, e não tiveram grandes problemas. Então, para eles, era só mais um dia normal de trabalho”, comenta.   

Pilotos tinham condições de executar o que haviam sido treinados?  

O relatório preliminar do Cenipa também concluiu que a tripulação estava qualificada e possuía experiência para esse tipo de voo. Mas resta saber se, no momento da queda, eles estavam em condições de executar manobras para as quais haviam sido treinados nesse tipo de situação.   

Em dado momento da transcrição das caixas-pretas, segundo o relatório, foi possível verificar que o copiloto comentou “bastante gelo”. Os investigadores afirmaram na coletiva que em momento algum houve indício dos pilotos ou dados do gravador de que eles estariam saindo dessa situação de formação de gelo.  

Manutenção da aeronave foi feita com qualidade?  

De acordo com o Cenipa, a aeronave também estava certificada para voar em condições de formação de gelo e estava com a manutenção em dia. Porém, o relatório não informa se essa certificação das condições do ATR-72-500 foi feito com a qualidade exigida.  

Pilotos deveriam ter declarado emergência?  

Conforme o documento, a tripulação se preparava para iniciar o plano de pouso em Guarulhos, quando houve a queda. Mesmo após identificar uma possível falha no sistema de degelo, a tripulação não declarou emergência em nenhum momento aos controladores de voo. Resta saber se os pilotos erraram ao não comunicar ou se os sistemas da aeronave falharam ao não informar sobre a situação de perda de sustentação do avião. 

“Se eles tivessem alguma informação errônea, algum sistema que estava inoperante, se eles tivessem alguma indicação de que alguma coisa muito errada estava acontecendo, eles declarariam emergência e desceriam sem problema nenhum”, afirmou o ex-comandante Diego Amaro ao Fantástico.   

Trabalhos no local do acidente continuam   

Os trabalhos da Voepass continuam no condomínio Residencial Recanto Florido, localizado na Rua Edueta, no bairro Capela, onde a aeronave caiu, e a área está restrita à entrada de pessoas. A rotina dos moradores está se restabelecendo, mas ainda com as lembranças do acidente.   

A associação dos moradores do condomínio prevê a realização de um ato ecumênico, que eles já vinham programando em homenagem às vítimas do acidente, no dia 22 de setembro, às 9h30.    

O que diz a Voepass  

Em nota, a Voepass disse que segue todos os protocolos determinados pela aviação nacional, além de que a documentação e os pilotos estavam regulares.  

A Latam, que tem acordo com a Voepass e usa aviões da companhia e de outras empresas em seus voos, afirmou que o cliente é informado sobre no momento da compra da passagem sobre qual será a empresa que vai operar a aeronave.  

*Com informações da EPTV Campinas 

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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