A CPFL Paulista divulgou um levantamento das ações de inspeção contra fraudes e furtos de energia, os populares “gatos”, no ano passado. Ao todo, foram regularizadas 11,3 mil ligações clandestinas em Campinas e outros 32 municípios da região.
Apesar de queda do ano passado em relação a 2021, Campinas segue liderando o ranking com 5.247 ligações regularizadas. As cidades de Monte Mor e Cosmópolis também registraram números abaixo do ano anterior, com 136 e 82 casos de ligação irregular.
Enquanto alguns municípios apresentaram queda, outros tiveram mais casos de ligações desfeitas, caso de Sumaré e Hortolândia, com 1.979 e 1.514 ocorrências, respectivamente. Veja o ranking completo abaixo:
2021
- Campinas: 6.214
- Sumaré: 957
- Hortolândia: 1.061
- Piracicaba:1.528
- Americana: 332
- Santa Bárbara d’Oeste: 256
- São Pedro: 101
- Monte Mor: 481
- Paulínia: 64
- Cosmópolis: 88
2022
- Campinas: 5.247
- Sumaré: 1.979
- Hortolândia: 1.514
- Piracicaba:1.453
- Americana: 386
- Santa Bárbara d’Oeste: 280
- São Pedro: 150
- Monte Mor: 136
- Paulínia: 109
- Cosmópolis: 82
“Fizemos mais de 76 mil inspeções em campo. Essas verificações são cada vez mais assertivas, já que partimos de uma base de dados que nos indica endereços onde possivelmente a prática está presente”, afirmou Victor Rios Silva, gerente de Recuperação de Energia da CPFL Energia.
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Segundo a CPFL, ao fazer uma ligação clandestina, o morador coloca em risco a sua vida, a da família e a dos vizinhos. Isso ocorre porque o “gato” não segue qualquer padrão de segurança da rede elétrica. Em geral, ele é feito com fios, relógios e disjuntores adulterados, sem a certificação do Inmetro. Além disso, o risco de oscilações no fornecimento de energia, curto-circuito e incêndio é constante porque as ligações irregulares podem causar sobrecarga na rede elétrica.
É CRIME
Vale destacar que fraudes e furtos de energia são crimes previstos no código penal. A ligação clandestina é considerada furto de energia previsto no Código Penal brasileiro. A pena pode chegar a oito anos de prisão. Sempre que constatada fraude, a empresa preenche um TOI (Termo de Ocorrência de Inspeção) e, na sequência, calcula a quantidade de energia que deixou de passar pelo medidor do local. Assim, estabelece o valor correspondente, que deverá ser pago à distribuidora.
Por meio de nota a CPFL informou que o combate às fraudes e ao furto de energia também é importante pelo aspecto comercial. Parte da energia furtada é reconhecida pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no cálculo da tarifa, ou seja, os demais clientes, com fornecimento e conta regulares, acabam pagando parte do valor que deixou de ser pago pelos fraudadores.
DENÚNCIA
Clientes da CPFL podem contribuir de forma sigilosa, para o combate às irregularidades. As denúncias podem ser realizadas pelo aplicativo “CPFL Energia”, disponível para Android e iOS, pelo site www.cpfl.com.br/fraude, ou pelo e-mail denunciafraude@cpfl.com.br. As denúncias são anônimas e ajudam a companhia a identificar locais que estejam praticando fraudes na ligação de energia.
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