A região de Campinas registrou alta de 20,47% nos gastos com veículos em 2022, em comparação com o ano anterior. Segundo uma pesquisa do IPC (Índice de Potencial de Consumo) Maps, os motoristas da RMC (Região Metropolitana de Campinas) gastaram R$ 13.5 bilhões para manter os carros.
De acordo com o economista Eli Borochovicius, há uma série de fatores relacionados à manutenção veicular que justifica os custos. Entre eles, a crise dos semicondutores e o aumento de produtos como petróleo, borracha, aço e alumínio.
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“A questão do alumínio, por conta de uma redução de oferta e um aumento na demanda, o preço subiu. A borracha, a gente teve um aumento por causa dos problemas climáticos, as seringueiras passaram a produzir menos, houve menor oferta, demanda explodindo de borracha, aumento no preço. Quando a gente fala de petróleo, as pessoas pensam só na gasolina, mas temos os derivados de petróleo, a exemplo do plástico”, comenta.
GASTOS ELEVADOS
Segundo Borochovicius, o gasto com veículos é mais alto do que o considerado ideal no Brasil, chegando até 15% do dinheiro conquistado com o trabalho.
“A gente tem uma estatística que mostra que o brasileiro gasta entre 10% a 15% do seu orçamento com veículos. Para fazermos uma comparação, 2% a 5% a gente gasta com educação. Tem uma explicação para isso? Tem. A gente é dependente do automóvel porque, infelizmente, o transporte público não é o mais adequado”, afirma.
De acordo com o economista, uma solução para diminuir os gastos é, se possível, diminuir a frequência do uso do carro.
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