A região de Campinas já registrou oito casos de feminicídio nos dois primeiros meses de 2023. Segundo um levantamento da EPTV Campinas, o total representa 47% dos casos registrados no ano passado, quando aconteceram 17 casos. Além disso, até 22 de fevereiro de 2022 haviam ocorrido três feminicídios, o que aponta um crescimento de 166%.
Em Campinas, uma mulher de 30 anos foi morta a facadas pelo próprio marido na noite desta terça-feira (21) de Carnaval. O crime aconteceu no bairro Vale das Garças, na região do distrito de Barão Geraldo. Dois filhos do casal, que não tiveram a idade revelada, estavam no local durante o assassinato. O suspeito da agressão, de 39 anos, fugiu após o crime, mas foi localizado em um hospital, também com ferimentos de faca.
Segundo o boletim de ocorrência, o casal teria brigado dentro da casa, localizada na Rua Gaivota Polar, por volta de 20h. Após as agressões o homem fugiu a pé, mas antes mandou uma mensagem para um vizinho confessando ter matado a esposa e pedindo para o homem cuidar dos filhos.
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O vizinho, com a ajuda de outro morador, relatou às equipes que ouviu gritos vindos da casa, entrou na residência e encontrou o casal caído na cozinha. Ele teria retirado uma das crianças da casa e saído para pegar o celular e acionar a polícia, mas quando retornou o homem já havia fugido.
Ao chegar ao local, equipes constataram o óbito de Roberta Rodrigues dos Santos Correia. Com a informação de ferimento do agressor, os agentes fizeram buscas por hospitais e Cleverson da Silva Correia foi localizado durante a madrugada no Hospital de Paulínia. Ele segue internado sob escolta policial. O quadro de saúde dele é estável.
O caso foi registrado como feminicídio no plantão da 2ª Delegacia Seccional de Campinas, e encaminhado para a 2ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). O corpo de Roberta deve ser enterrado nesta quinta-feira (23), na cidade de São Francisco de Assis, em Alagoas.
‘LUTOU PELA VIDA’
Uma amiga da mulher morta a facadas pelo marido na noite desta terça-feira (21) de Carnaval, em Campinas, entrou na casa após o crime e disse acreditar que a vítima lutou para sobreviver, devido a grande quantidade de sangue que ficou na cozinha. Móveis e eletrodomésticos do local tiveram que ser lavados.
“O jeito que estava a cozinha… a gente viu que ela lutou pela vida dela. É muito triste saber que uma pessoa fez isso com ela, ela não merecia, ela era uma pessoa muito boa, não tinha o que falar dela”, afirmou a vizinha e amiga da vítima, Rosimeire Inácio.
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