A região de Campinas tem dez cidades que integram as bacias dos rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e possuem reservatórios municipais de água, segundo dados do Consórcio PCJ. Destas, cinco construíram essas represas nos últimos dez anos.
De acordo com o consórcio, construíram represas próprias Artur Nogueira, Capivari, Cordeirópolis, Cosmópolis, Indaiatuba, Louveira, Nova Odessa, Rio das Pedras, Santa Bárbara d’Oeste e Vinhedo. Destas, cinco construíram as estruturas nos últimos dez anos, sendo:
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- Cordeirópolis – represas do Ibicaba e do Santa Marina, que também está em obras
- Indaiatuba – represa do Capivari Mirim
- Louveira – represa Córrego Fetá
- Artur Nogueira – barragem do Cotrins, que passou por reparos, e a nova represa do Boa Vista, que está com obras ainda em fase inicial
- Vinhedo – Represa 4, que fica na região dos bairros Capela e Santa Cândida
AUTONOMIA HÍDRICA
Para o secretário-executivo da entidade, Francisco Lahoz, a necessidade de autonomia hídrica devido ao crescimento populacional surgiu em 1992, após um grande estudo regional que concluiu que os reservatórios do Sistema Cantareira não seriam suficientes para atender os 76 municípios da região.
“Então, foram recomendados, na ocasião, a construção de três reservatórios regionais, um em Amparo, um em Pedreira e outro em Salto e, se possível, que cada município tivesse o seu reservatório municipal. Por quê? As populações crescem aproximadamente, aqui na nossa região, 60 mil habitantes por ano. Então, a cada ano precisamos de água para mais 60 mil habitantes e água também para a indústria e a agricultura”, afirma.
Dois grandes reservatórios regionais estão em construção e já tem 55% das obras concluídas, em Amparo e Pedreira. A previsão é que fiquem prontos até o início de 2024. Eles devem abastecer prioritariamente os municípios da Região Metropolitana de Campinas e cidades do médio e baixo Piracicaba.
Já o reservatório do Piraí está com o projeto em fase final e deve começar a ser construído ainda esse ano, em Salto. Um dos municípios que vai se beneficiar dessa obra é Indaiatuba. Além dos reservatórios regionais, é fundamental que cada cidade também tenha o seu próprio reservatório para dar conta de toda a demanda, que só aumenta. Um armazenamento estratégico.
“O reservatório regional, como ele atende muita gente, se ocorre um único problema, poderá colocar o caos frente a todos. Agora [com represas municipais], você tem o caos no reservatório regional, mas você tem o plano B. É aquele que garante, sobre seu gerenciamento, a água na estiagem”, relata Lahoz.
Além disso, a adoção de outras iniciativas para reforçar a garantia hídrica. “Construir reservatórios secos, que a gente chama de bacias de retenção, na zona rural. Então, ao mesmo tempo que você faz irrigação para a lavoura você evita asseoreamentos nos rios. E piscinões ecológicos, que são piscinas secas, em praças públicas e áreas verdes, mas não pavimentados. Que eles sejam livres, para que a água penetre no subsolo e evite inundações”, finaliza.
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