A RMC (Região Metropolitana de Campinas) teve o melhor desempenho em exportações para junho em 10 anos, de acordo com estudo do Observatório PUC-Campinas.
A análise feita pelo Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira, com assistência de João Pedro Toledo Tricoli, registrou aumento tanto das exportações quanto nas importações.
O estudo destacou:
– aumento de 44,45% nas exportações
– aumento de 23,76%, nas importações da RMC
– resultando em aumento de 24,29% no déficit regional para o mês de junho 2022
A participação nas importações e exportações do Estado de São Paulo foi de 23,76% e 7,63% respectivamente.
Entre os produtos exportados, destaca-se o crescimento do valor das exportações de automóveis, máquinas construção civil e bombas de ar ou de vácuo ou outros compressores de ar. Houve aumento das exportações para todos os principais destinos, com exceção da Bélgica.
Entre os importados, destaca-se o aumento do valor importado de inseticidas e produtos agrícolas, compostos heterocíclicos com nitrogênio, circuitos eletrônicos e outros compostos inorgânicos.
“Apesar dos problemas estruturais do déficit comercial regional causados pela dependência das importações de insumos externos, os dados mensais evidenciam melhora da atividade do setor externo da RMC em relação ao mesmo período do ano anterior. É importante ressaltar que as estatísticas de volume de comércio, baseadas em valores monetários, sofrem efeitos inflacionários importantes no período”, disse o Prof. Paulo.
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VALORES
As exportações de junho 2022 foram de U$ 554,83 milhões, apresentaram crescimento de 44,45% em relação ao mesmo período de 2021. Esse valor corresponde melhor desempenho das exportações para o mês de junho em 10 anos. Além disso, a participação nas exportações do estado de São Paulo, foi de 7,63%, sendo um dos valores mais elevados para o mês de junho.
As importações totalizaram US$ 16,36 bilhão no mesmo período, um crescimento de 30,46% em comparação a junho de 2021. A participação da RMC nas importações do estado foi de 23,76%. O saldo negativo da balança comercial foi de -1,08 bilhão de dólares, sofrendo aumento de 24,29%, quando comparado com o ano anterior.
OS PRODUTOS
Os principais produtos responsáveis pelo aumento do valor exportado foram:
– automóveis (var. 156%)
– máquinas construção civil (var. 207%)
– bombas de ar ou de vácuo ou outros compressores de ar (var. 451%).
Dentre as quedas, destaca-se medicamentos (var. -9%), resíduos de metais preciosos (var. -41%) e inseticidas e produtos agrícolas (var. -7%).
Nas importações, as principais altas deram-se para inseticidas e produtos agrícolas (var. 31%) compostos heterocíclicos com nitrogênio (var. 44%), circuitos eletrônicos (var. 52%), outros compostos inorgânicos (var. 474%) entre outros. Destacam-se, porém, queda no valor partes e acessórios dos maquinas (var. -13%) e partes e acessórios de veículos (var. -8%).
Houve queda e alta das exportações em diferentes categorias de complexidade. A de baixa complexidade, teve queda de -17,64% a média-baixa complexidade teve aumento de 18,09%; média-alta complexidade teve aumento de 52,93%; e a de alta complexidade teve alta de 24,63%. Contudo, mais de 77,56% das exportações da região se concentraram em produtos de média-alta e alta complexidade.
OS DADOS
Os dados utilizados nas análises são da base do Ministério da Economia. Além dos dados quantitativos, agregados e desagregados por município, foi realizado cruzamento dos dados de comércio com os índices de Complexidade de Produtos, calculados pelo Observatório de Complexidade Econômica do MIT Mídia Lab.
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