A secretaria municipal de Saúde de Campinas vai novamente usar drones para vistoriar imóveis e pode acionar chaveiros para abrir os locais fechados neste sábado (20), durante a terceira “operação de guerra” contra a dengue desde o início do ano. A mobilização da pasta envolve 12 equipes, que serão espalhadas por quatro bairros: Jardim Eulina, Jardim Quarto Centenário, Bonfim e Castelo.
Os locais foram selecionados por causa do alto número de casos confirmados ou suspeitos da doença nos últimos sete dias e o objetivo é eliminar e prevenir os criadouros. De acordo com o planejamento, três equipes ficarão focadas nos imóveis que ficaram inacessíveis no Eulina durante a ação feita em 11 e 12 de janeiro, enquanto as outras nove serão distribuídas pelos outros três bairros.
Os grupos serão formados por trabalhadores da empresa Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação e eliminação de criadouros. Eles usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. O mutirão também conta com apoio de profissionais de Serviços Públicos, Guarda, Defesa Civil, Sanasa e Emdec.
A concentração das equipes começou às 8h. O ponto de encontro dos participantes foi no Centro de Educação Infantil Bolinha de Mel, no Jardim Eulina.
Casas fechadas
Além dos drones, o uso de chaveiros também é previsto em situações em que os imóveis estiverem desocupados ou em situação de abandono, medida que está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas. As ações foram adotadas depois que quase metade das casas ou estabelecimentos deixou de ser visitada em outras mobilizações.
“No mutirão anterior, 44,5% dos imóveis visitados no Eulina deixaram de ser vistoriados porque estavam fechados, desocupados ou por conta de recusas de moradores às equipes atuantes nos trabalhos. O índice é inferior aos 57,8% verificados em 16 de dezembro”, explica a Saúde em comunicado à imprensa.
Por esse motivo, o coordenador do Programa de Arboviroses da Saúde de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto, pede maior colaboração. “É importante que a população abra cada vez mais suas portas para os agentes da Saúde e colaborem fazendo sua parte na eliminação semanal de focos de água parada e potenciais criadouros para o mosquito transmissor da dengue”, diz.
Resultados
Neste ano, a Saúde já visitou quase 6 mil imóveis e retirou pelo menos 74,2 toneladas de resíduos e produtos descartados irregularmente em áreas públicos ou materiais que serviam ou ofereciam risco para possível proliferação do Aedes aegypti, vetor da doença.
06/01/24 – Jardim Santo Antônio, DICs 3, 4 e 5, e trechos do DIC 6, Jardim Rosalina e Jardim Santos Dumont: 3.103 imóveis visitados, com acesso em 1.602. Total de 53 toneladas de materiais recolhidos.
11 e 12/01/24 – Jardim Eulina: 2.786 imóveis visitados, com acesso em 1.545. Total de 21,2 toneladas de materiais recolhidos.
Bairros em alerta
A Saúde divulgou na segunda-feira, 15 de janeiro, um novo boletim semanal sobre a dengue com dez áreas em alerta para a doença em virtude do alto potencial de transmissão. O comunicado Alerta Dengue é o 48º emitido pela Prefeitura desde que a ferramenta foi implementada como estratégia de enfrentamento às arboviroses. Ele reúne:
- Condomínio Parque da Hípica e Bairro das Palmeiras (Leste)
- Cidade Universitária I e II, e Village (Norte)
- Jardim Guarani (Suleste)
- Conjunto Habitacional Chico Mendes, Residencial São José, Loteamento Residencial Rosário e Vila Aeroporto (Sudoeste)
O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) destacou que bairros indicados em boletins anteriores, assim como demais regiões de Campinas, precisam intensificar medidas preventivas, sobretudo no combate aos criadouros do mosquito transmissor da doença.
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