Campinas amanheceu nesta terça-feira (4) com céu claro e frio. Por volta de 7h10, a temperatura era de 10,8ºC, segundo a medição do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), e ventos reforçam a sensação de tempo gelado.
Segundo o Centro, um sistema de alta pressão está agindo no oceano e trazendo ventos mais gelados das regiões Sul e Sudeste. Essa movimentação intensifica o frio em várias regiões, incluindo Campinas.
“Esse reflexo dos ventos gelados ainda são pela passagem da frente fria. Tem um sistema de alta pressão sobre o oceano que está trazendo esses ventos do Sul e Sudeste, que é uma área mais fria. Então, realmente a gente teve essa intensificação do frio em função desses ventos que estão circulando em toda a faixa leste, até a nossa região”, explica a meteorologista do Cepagri, Ana Ávila.
De acordo com o Cepagri, a previsão é de tempo estável, com sol e sem previsão de chuva nesta semana, devido a presença de uma massa de ar seco. “As temperaturas estarão em progressiva elevação, mantendo o padrão de grandes amplitudes térmicas diárias”, indicou. Para hoje, a temperatura máxima prevista é de 24ºC.Para amanhã, as temperaturas ficam entre 13ºC e 25ºC.
Ainda de acordo com o Cepagri, a umidade relativa do ar está em declínio, podendo atingir níveis de atenção ou alerta a partir de hoje.
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COMO SERÁ JULHO?
Apesar de estarmos no Inverno, julho não deve ter temperaturas muitos baixas e grandes episódios de frente fria devido à influência do El Niño, fenômeno que causa um aquecimento em todo o globo. Porém, existe a previsão de duas frentes frias previstas para a segunda quinzena do mês.
De acordo com a previsão estendida, as temperaturas devem apresentar clima acima da média para o período na região de Campinas, com mínimas de 12,4ºC e máximas de 25,4ºC.
“Espera-se que seja um mês com temperaturas de normal a acima da média”, explica a meteorologista Ana Ávila, do Cepagri.
QUAL SERÁ A INFLÊNCIA DO EL NIÑO?
Durante a primeira quinzena de julho, as frentes frias devem passar pelo oceano, sem grande impacto no continente ou na região de Campinas. Isso ocorre devido ao fenômeno do El Niño, que provoca uma massa de ar seco densa e quente. Com isso, o ar frio não consegue passar.
“A gente fica com a massa de ar seco mais persistente aqui na nossa de região. Essa massa de ar seco vai se tornando mais quente e as frentes frias não conseguem avançar. Elas passam mais pelo oceano e com pouca intensidade no continente”, explica Ávila.
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