As startups e incubadoras do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp faturaram R$ 68,8 milhões no ano passado. Esse valor representa um crescimento de 26,3% em relação a 2021. Os dados fazem parte da segunda edição do Relatório Anual do Parque, lançado na última semana pela Inova Unicamp (Agência de Inovação), com resultados e casos de sucesso referentes ao ano de 2022.
Além dessa evolução, o levantamento também tem como principais destaques a aprovação da Vila de Startups no valor de R$ 14,7 milhões e o total de 44 empresas já hospedadas nos seis prédios do parque.
Segundo o relatório, o crescimento dessas empresas vem da conexão com o ecossistema diversificado, que une diferentes agentes de inovação como academia, grandes empresas e startups ou empresas de base tecnológica. Esse cenário resultou em 12.117 novos clientes em 2022, chegando a 604 novas cidades.
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10 ANOS DO PARQUE
Neste ano, o Parque completa 10 anos de operação, e, desde sua inauguração, está sob gestão da Inova Unicamp. O projeto começou em 2008, com uma parceria entre a universidade e o Governo do Estado de São Paulo. Mas as atividades foram iniciadas apenas em 2013, quando foi inaugurado o prédio do Núcleo e as primeiras empresas passaram a se hospedar.
“Uma década depois, o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp está com seis prédios ativos que abrigam 44 empresas. Entre elas, há laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), startups e empresas de base tecnológica incubadas que compõem e fomentam esse ecossistema de inovação dentro da Universidade”, comemoram os professores Ana Fratini e Renato Lopes, da diretora-executiva da Inova Unicamp.
Por estar localizado dentro do campus, na cidade de Campinas, o Parque conecta fisicamente as empresas à pesquisa e a talentos da Unicamp. Esse ambiente que propicia pesquisas de ponta e inovação é o que atrai novas iniciativas, inclusive de fora do Brasil, como foi o caso da startup Processium, que atua com projetos de sustentabilidade ambiental no setor químico. Trata-se de uma spin-off de uma empresa francesa e escolheu a Unicamp como porta de entrada no mercado latino-americano.
VILA DE STARTUPS
Com a capacidade máxima de ocupação por empresas atingida, o Parque Científico já se organiza para mais uma expansão. Ainda no ano passado, o projeto “Vila de Startups” da Unicamp foi aprovado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para receber o apoio financeiro não-reembolsável de R$ 14,7 milhões. A iniciativa prevê a construção de 3.598,81 m² para abrigar startups e empresas de base tecnológica dentro do local.
“O modelo de construção está baseado no conceito modular e sustentável. Dessa forma, é possível aumentar o espaço, conforme a demanda, sem ser necessário construir um novo prédio para a ampliação. Esse conceito modular também facilita em casos de remodelagem dos espaços já construídos para abrigar melhor as empresas hospedadas, que tendem a expandir suas equipes e podem precisar de mais espaço”, explica Eduardo Gurgel do Amaral, que coordenou o projeto aprovado e hoje está na gestão de Parcerias da Coordenadoria do HIDS (Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável da Unicamp).
Além disso, a proposta aprovada pela Finep também prevê ampliar, para as empresas hospedadas, atividades de internacionalização e boas práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas pela sigla em inglês ESG.
Para saber mais sobre esses indicadores e outros casos de sucesso das empresas hospedadas no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp ou incubadas na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp, acesse o relatório na Biblioteca da Inova Unicamp.
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