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CotidianoUnicamp cria software para diagnosticar doenças no coração

Unicamp cria software para diagnosticar doenças no coração

Equipamento funciona para melhorar leituras de ultrassons – tipo de equipamento já defasado

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Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) criaram um software para diagnosticar o risco de doenças do coração. Ele funciona para melhorar as leituras que são feitas pelos ultrassons convencionais, fazendo com que esse instrumento antigo e barato possa ser atualizado.

Há quatro anos, a diretriz europeia orienta que os médicos abandonem o ultrassom (para diagnosticar doenças cardiovasculares) e que adotem, no lugar dele, a tomografia das coronárias.

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O problema é que o uso do ultrassom é simples, em conta e está disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Já a tomografia, é mais moderna e eficiente, mas é mais cara, não é disponibilizada para população pelo governo federal e exige o uso de contraste.

Por isso, os pesquisadores-médicos criaram esse software, que foi desenvolvido em conjunto com a Faculdade de Tecnologia (FT) da Unicamp e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Na prática, ele ainda não está sendo usado rotineiramente, em consultórios, porque as imagens que são captadas pelo ultrassom ainda têm que ser lançadas no software, no computador.  

“A nossa ideia é conseguir parcerias com empresas de ultrassom, para colocar esse software dentro do aparelho, a fim de que essas medidas sejam feitas de forma automática. Por enquanto, temos que pegar a imagem do aparelho e processar no software, fora do aparelho”, explica o cardiologista Wilson Nadruz Júnior, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e um dos coautores da pesquisa.

O software foi patenteado no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e está disponível para ser licenciado pela Agência de Inovação Inova da Unicamp.

“Acreditamos que essa tecnologia terá um enorme potencial na prevenção cardiovascular, no tratamento precoce e na redução do número de doenças cardiovasculares futuras”, acrescenta o pesquisador.  

O que os exames precisam fazer?

As técnicas precisam medir a espessura de duas artérias localizadas no pescoço e que levam o sangue para o cérebro. Para isso, precisam detectar também se o paciente tem arteriosclerose e se está com as artérias entupidas.

A arterosclerose é uma inflamação com placas de gordura, cálcio e outros elementos, que entope as artérias, dificultando a passagem do sangue e podendo levar ao infarto.

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