A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) criou um software para simular riscos de explosões com produtos químicos, calcular danos e evitar acidentes. A ferramenta foi desenvolvida por pesquisadores e alunos da Faculdade de Engenharia Química e pode ser utilizada em empresas e residências, trazendo mais segurança em diferentes processos.
O resultado é obtido a partir de todos os detalhes da planta do local onde o software será aplicado, seja em empresas, indústrias ou residências. A partir da análise, podem ser desenvolvidos planos de prevenção, contenção e gestão de riscos.
“Ele pode ser usado tanto para investigação de acidente quanto é uma ferramenta de auxílio no projeto de instalações industriais. E também pode ser usado em investigação e prevenção de acidentes domésticos. Como explosão que acontece por vazamento de gás, que é um evento relativamente comum”, comenta o professor Sávio Vianna.
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USO ACADÊMICO
O sistema já está licenciado e disponível no mercado para contratação. Além disso, está disponível gratuitamente para o uso acadêmico. Outras duas linhas de pesquisa já estão em andamento a partir do software, envolvendo explosões de hidrogênio e de baterias de lítio.
“Uma a gente está estudando a explosão do hidrogênio, e a outra que a gente está trabalhando são as explosões de baterias de lítio. As baterias de lítio têm um papel importante para substituir os combustíveis fosseis”, finaliza o professor.
VARÍOLA DOS MACACOS
O Ldmad (Laboratório de Diagnóstico Molecular de Alto Desempenho) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) será adaptado para realizar diagnóstico da varíola dos macacos. O anúncio foi feito na última segunda-feira (22).
A adequação necessária é considerada pequena e simples, e deve ser feita por questões de segurança biológica, para evitar focos de contágio no espaço. Além disso, os testes diagnósticos são do tipo PCR, realizado com amostras de sangue.
As informações são do professor da FCM (Faculdade de Ciências Médicas), Plínio Trabasso. Ele é integrante do Hub de Saúde Global da universidade, uma frente criada para oferecer vários tipos de abordagens contra vírus e infecções.
“Dominamos toda a técnica para realizar os exames. A equipe do Hub da Unicamp criou sondas diagnósticas, que funcionam como um sistema ‘chave-fechadura’ para identificar a sequência genética que forma o vírus”, exemplifica.
A medida serve para ajudar na prevenção, assim como ocorreu com a covid-19.
O TRABALHO DO HUB
A ideia da instituição, além de fortalecer a prevenção e o tratamento das infecções, é ajudar no desenvolvimento de novos fármacos, e fortalecer terapias e imunizantes, assim como a vigilância e também os conteúdos informativos.
“Existem alguns aspectos preocupantes na doença. Apesar de os relatos de óbitos por monkeypox serem raros, ela é uma doença altamente transmissível. Por isso, há um grupo grande de pessoas suscetíveis à doença”, diz Trabasso.
O trabalho do Hub de Saúde Global terá cinco frentes contra a monkeypox:
- Diagnóstico
- Pesquisa Clínica
- Vigilância Epidemiológica
- Pesquisa Básica
- Comunicação
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