A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ficou na segunda posição nacional em um ranking que mede a sustentabilidade dessas instituições. Ficou atrás apenas da USP (Universidade de São Paulo). Já quanto às universidades da América Latina, ficou em quinto e, nas Américas, em 237º. Ao todo foram analisadas 1.403 universidades, e a vencedora foi a de Toronto, no Canadá.
Está a segunda edição do ranking QS Sustentabilidade, da consultora QS (Quacquarelli Symonds), que analisa o impacto ambiental desse tipo de instituição (o que elas fazem em termos de pesquisas sobre o meio ambiente, o que dispõem sobre educação ambiental, entre outros aspectos ligados ao assunto).
Há 20 anos, a Universidade Estadual de Campinas tem um projeto chamado Campus Sustentável, que atua em diversas frentes, tais quais: gestão de resíduos hospitalares, químicos e de construção civil. Nessa área, há ainda projetos para o aproveitamento de alguns tipos de resíduos na geração de energia.
Quanto à energia, especificamente, há também a redução do desperdício com a instalação de lâmpadas 100% Led, sustentabilidade dos condicionadores de ar e capacitação para geração de energia solar.
“Hoje contratamos energia mais barata no mercado e o nosso próximo contrato, a partir de 1º de janeiro, é de energia incentivada, ou seja, 100% da energia virá de fontes renováveis”, afirma o coordenador do Campus Sustentável, Luiz Carlos da Silva.
Na área de mobilidade, o destaque fica por conta da implantação do ônibus elétrico. Mas, “discute-se também a possibilidade de trazermos outros tipos de veículos, de baixa emissão de carbono, como aqueles movidos a hidrogênio verde e biometano”, complementa.
“No tema da gestão das áreas verdes, há projetos que pretendem aumentar a cobertura vegetal, incluindo o projeto de corredores ecológicos, que objetiva impactar não só nossa área de preservação e de cobertura vegetal como também a proteção da fauna”, informa.
Esse projeto foi aprovado ano passado e pretende recuperar fragmentos de mata, protegendo as nascentes dentro da Fazenda Argentina, uma área de 1,4 milhão de metros quadrados adquirida pela Unicamp em 2014.
A previsão é que, em cinco anos, sejam criados 217 mil metros quadrados de corredores ecológicos e 300 mil metros quadrados de áreas de plantio, além de 92 metros de passadores de fauna e 6.500 metros de cercamentos de corredores.
A conexão entre os fragmentos de mata permitirá a troca gênica das espécies de fauna e flora, evitando sua degeneração.
Outro avanço é a redução no consumo de água, por meio de torneiras mais eficientes, que combatem vazamentos. Hoje também há um grupo de trabalho discutindo outras possibilidades, como o reuso de água e a coleta de água da chuva.
“O fato de aparecermos em segundo no ranking é algo muito merecido porque a Unicamp vem fazendo esse esforço há muitos anos, por duas décadas, e tem conseguido produzir um grande impacto. Apesar dos desafios que temos pela frente, trata-se de um resultado que motiva todas as pessoas envolvidas com essa temática”, destaca.
Além disso, o coordenador chama atenção para os esforços da universidade na formação de profissionais com doutorado em bioenergia e de pós-graduação em meio ambiente. Finaliza, destacando os grandes projetos e centros de pesquisa para combater as mudanças climáticas, dentre os quais:
- Brazilian Agave Development (Brave)
- AmazonFACE
- Genomics for Climate Change Research Center (GCCRC)
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