As unidades de saúde de Campinas registraram grande fluxo de pacientes nesta segunda-feira (27). No Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, a espera durou ao menos cinco horas. Já no Ouro Verde, uma mulher deitou no chão enquanto esperava. A pasta de Saúde admitiu que a procura foi grande (veja mais abaixo).
A situação foi parecida em outros locais, como na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Campo Grande e no Mário Gatti-Amoreiras, antigo Metropolitano, que também receberam muita gente até o início da noite. “Ninguém atende ninguém. Isso é revoltante”, disse um morador que foi até a UPA Campo Grande.
A auxiliar de cozinha Gabriela Aparecida não encontrou lugar para sentar na recepção ou do lado de fora do Hospital Municipal Ouro Verde. Ela decidiu deitar de bruços no chão enquanto esperava ser chamada. “Não tem mais lugar e eu estou a horas aqui. Eu estou com fraqueza e não consigo ficar em pé”, afirmou a jovem.
No Mário Gatti, outra paciente contou que viu pessoas desistindo do atendimento. “Isso aqui antes estava lotado e não tinha nem como sentar. Eu cheguei 12h34 e são 17h. Me mandaram esperar até 17h30 depois de ser atendida”, explicou a mulher.
O QUE DIZ A PREFEITURA
Questionada, a secretaria municipal de Saúde de Campinas disse em nota oficial que “as equipes dos prontos-socorros e UPAs estão completas” e também admitiu que “a espera no atendimento das unidades de urgência e emergência se deve ao aumento na demanda, principalmente de casos de sintomáticos respiratórios”.
O comunicado também ressaltou que este foi o primeiro dia útil após o Natal e detalhou ainda números comparando o fluxo médio de pacientes com o movimento registrado nesta segunda. No Ouro Verde, por exemplo, são atendidos, em média, 70 casos no gripário por dia. Até as 16h de hoje, foram feitos 250 atendimentos.
“No Mário Gatti-Amoreiras, o atendimento é, em média, de 120 consultas por dia. No entanto, hoje foram atendidas mais de 200 pessoas até às 16h”, alega o texto.
A nota diz ainda que todas as UPAs e hospitais da rede municipal atendem todos os que procuram pelos serviços. “Os pacientes passam por classificação de risco e são atendidos de acordo com a gravidade de cada caso. Casos menos complexos, sem risco de morte, são atendidos depois das urgências”, finaliza a secretaria de Saúde.
(Com a colaboração de Jonatan Morel/EPTV Campinas)