As unidades do IFSP (Instituto Federal de São Paulo) de Campinas e Hortolândia confirmaram a adesão de professores e servidores técnicos-administrativos à greve nacional. Com a paralisação, que já teve início na metrópole em 3 de abril, cerca de 3,2 mil estudantes estão sem aulas.
Os trabalhadores reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, assim como revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro. Também houve adesão da categoria estudantil à paralisação após uma assembleia.
O que muda com a greve do IFSP?
Com a adesão das unidades da região à greve do IFSP, todas as atividades consideradas não-essenciais foram paralisadas em ambos os campi, de acordo com o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
Ficam mantidas atividades essenciais como, por exemplo:
- Folha de pagamento e lançamentos com impacto financeiro, contratação de substitutos, nomeações;
- Atividades de pagamentos em geral;
- Fiscalizações de contrato e licitações em andamento, execução financeira e orçamentária de emendas parlamentares ao orçamento;
- Manutenção, recebimento, entrada e cadastro de materiais;
- Publicações relacionadas às atividades essenciais;
- Auxílios, pagamento das bolsas em andamento (Bolsa Ensino, Pesquisa e Extensão), estágios e questões relacionadas ao seguro dos estudantes;
- Infraestrutura de internet, processamento de dados ligados a serviços essenciais, telecomunicações, atendimento a chamados em garantia ao funcionamento dos serviços essenciais;
- Fiscalização de contratos;
- Distribuição do lanche e alimentação e suporte aos alunos;
- Manutenção de plataforma governamental;
- Continuidade aos processos seletivos.
Adesão das unidades
A diretoria do IFSP em Campinas informou, em nota, que a greve na unidade teve início em 3 de abril. Também comunicou que “durante o estado de greve algumas atividades poderão não ser desempenhadas normalmente, com possíveis atrasos”.
“A Direção-Geral do Campus Campinas respeita o direito constitucional de greve e reconhece a legitimidade de suas reivindicações, assim como o direito individual de cada um em decidir pela adesão ou não ao movimento”, escreveu.
Já em Hortolândia, a adesão à greve do IFSP ocorreu hoje (15), por tempo indeterminado. Mesmo com a paralisação, a unidade comunicou que “o calendário acadêmico do campus Hortolândia está mantido e esta possibilidade será reavaliada no decorrer do processo”.
“As atividades planejadas para o ano letivo e que não forem realizadas durante o período de greve serão reorganizadas e repostas oportunamente no retorno. Assim, estudantes não serão prejudicados por notas e frequências deste período”, detalhou.
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