O Hospital Ouro Verde, em Campinas, reverteu as UTIs (unidades de terapia intensiva) usadas por pacientes com covid-19 para a internação de pacientes gerais. Com a medida, o local passa a contar com 40 vagas do tipo para adultos.
Ainda de acordo com a secretaria de Saúde da cidade, o mesmo deve acontecer com cinco leitos pediátricos de UTI exclusivos para a doença a partir desta sexta-feira (12). Os anúncios foram feitos na tarde desta quinta-feira (11).
“A desmobilização das estruturas ocorre pela redução da necessidade de internações de pacientes com síndromes respiratórias graves”, alegou a pasta.
Em junho, somando crianças e adultos, 348 pacientes foram internados em UTIs e enfermarias dos hospitais que integram o SUS (Sistema Único de Saúde) municipal. Já em julho, o número caiu para 274. Até 9 de agosto, foram 57.
OUTRO MOMENTO
Os cinco leitos de UTI pediátricos que serão desativados amanhã foram abertos em abril para crianças no período de sazonalidade das doenças respiratórias, entre o Outono e o Inverno. Desde o dia 9, porém, não há demanda deste tipo.
Ainda conforme a secretaria de Saúde, com as mudanças no Ouro Verde, a Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar passa a contar com 26 leitos de UTI pediátricos para atender as crianças com condições clínicas mais graves.
“São 10 no Hospital Ouro Verde e 16 no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. Para internação de adultos são 60, sendo 20 no Mário Gatti e 40 no Ouro Verde”, argumenta a pasta no comunicado sobre as alterações nas UTIs.
OUTRA PREOCUPAÇÃO
A secretaria estadual de Saúde divulgou ontem (10) uma atualização do número de casos de infecções pela varíola dos macacos. Campinas chegou a 27 casos.
Diante do aumento de casos, a secretaria de Saúde de Campinas alega que está “preparada para atendimento, diagnóstico e monitoramento” da monkeypox.
O atendimento para os pacientes com suspeita da doença está disponível nos centros de saúde, prontos-socorros, pronto atendimentos e no Centro de Referência em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais.
HOSPITAIS DE REFERÊNCIA
No último dia 5, o governo do Estado de São Paulo anunciou um plano de enfrentamento contra a varíola dos macacos, que inclui o HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp, em Campinas, e o HES (Hospital Estadual de Sumaré).
Com isso, os locais são considerados unidades de referência para atendimento dos casos graves da varíola dos macacos na região de Campinas. Segundo o anúncio, os hospitais farão parte da “Rede Emílio Ribas” para o combate.
CONFIRA OS SINTOMAS DA VARÍOLA DOS MACACOS
O principal sintoma é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus
- Caroço no pescoço, axila e virilhas
- Febre
- Dor de cabeça
- Calafrios
- Cansaço
- Dores musculares
COMO SE PREVENIR
- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele
- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
- Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
- Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.