Uma empresa de biotecnologia, em Valinhos, registrou um vazamento de produtos químicos na madrugada desta quarta-feira (16). Segundo o Corpo de Bombeiros, o vazamento de hidróxido de amônio aconteceu por volta de 1h da madrugada. A empresa fica no bairro Macuco.
Por causa do risco de explosão e inalação dos produtos, apoiaram a ação o Corpo de Bombeiros de Jundiaí, a Polícia Militar e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
De acordo com os bombeiros, a substância líquida vazou no interior da indústria. O vazamento foi contido pelas equipes, que tiveram que usar EPIs (equipamentos de proteção individual) e EPR (equipamentos de proteção respiratória).
Segundo a Cetesb, o acidente aconteceu durante a transferência da matéria prima por bomba. A substância ficou contida dentro de um tanque de contenção no interior da indústria. A companhia estima que tenha vazado 25% de amônia de um tanque de 100 metros cúbicos.
Ainda não se sabe a causa do vazamento, mas a princípio não houve vazamento externo. A Cetesb informou que não houve impactos no entorno e que uma empresa fará remoção do produto.
“Foi aspergida água sobre o produto vazado para mitigação do odor e a empresa Ambipar fará a remoção do produto que restou no dique e limpeza do local. Não foram registrados impactos à população do entorno da área industrial”, informou em nota.
Por se tratar de solução de hidróxido de amônio, segundo a Cetesb, os riscos associados são inferiores aos da amônia gasosa. O órgão avaliará as sanções administrativas cabíveis.
HIDRÓXIDO DE AMÔNIO
Segundo a Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) o Hidróxido de Amônio (NH4OH) é uma substância obtida a partir da reação entre Amônia Anidra (NH3) e Água, sob pressão e temperatura controladas. A amônia possui maior perigo para a saúde, fogo e reatividade com outros materiais, principalmente ácidos.
Ainda de acordo com a fundação, o amoníaco, devido a liberação de amônia, pode ser sufocante e de extrema irritação aos olhos, garganta e trato respiratório.
Dependendo do tempo e nível de exposição, podem ocorrer efeitos que vão de suaves irritações à severas lesões no corpo, devido a sua ação cáustica alcalina. Exposições à altas concentrações – a partir de 2500ppm por um período de 30 minutos – pode ser fatal. O contato do amoníaco também pode causar severas queimaduras nos olhos e pele, e extensas queimaduras podem levar à morte.
O amoníaco em concentração elevada também libera uma grande quantidade de amônia no ar, podendo formar uma mistura explosiva.