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CotidianoVeja locais com risco de infecção da febre maculosa em Campinas

Veja locais com risco de infecção da febre maculosa em Campinas

Carrapato-estrela está presente em áreas verdes onde há circulação de seus hospedeiros; três mortes pela doença já foram confirmadas após evento na cidade

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O Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas detalhou as áreas prováveis para a infecção da febre maculosa na cidade após a morte de três pessoas pela doença. Todas as vítimas estiveram na “Feijoada do Rosa”, na Fazenda Santa Margarida, em Joaquim Egídio no final de maio e morreram em 8 de junho – veja os detalhes das vítimas abaixo.

Ontem (13), a Prefeitura já havia apontado doze regiões onde há risco de infecção após confirmar surto da doença na Fazenda Santa Margarida. Contudo, o departamento aumentou o detalhamento para as áreas específicas de provável contaminação.

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Veja as áreas com alerta para transmissão da febre maculosa:

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  • Área militar do Jardim Chapadão (Distrito de Saúde Norte)
     
  • Região do Parque das Águas, Lagoa do Jambeiro e entorno (Distrito de Saúde Sul)
     
  • Área verde no entorno da Lagoa do Florence e margens do Rio Capivari (Distritos de Saúde Noroeste e Sudoeste)
     
  • Recanto dos Dourados, margens do Rio Atibaia e entorno (Distrito de Saúde Leste)
     
  • Lago do Café, Lagoa do Taquaral e entorno (Distrito de Saúde Leste)

Segundo o departamento, o carrapato-estrela está presente em áreas verdes onde há circulação dos seus hospedeiros, em especial capivaras e cavalos. Também há os hospedeiros secundários, que são os gambás, saguis, bois e etc.

Além disso, o carrapato permanece em locais onde há vegetação ou acúmulo de folhas sobre o solo, e as áreas sombreadas são mais favoráveis. Para esses casos, o controle químico é ineficaz. Com isso, é preciso ficar atento aos locais onde há presença de carrapatos, como:

  • Parques
     
  • Praças
     
  • Fazendas
     
  • Pastos
     
  • Matas
     
  • Pesqueiros
     
  • Vegetação das margens de rios, córregos e lagoas

Vale ressaltar que o carrapato não infesta o interior de casas e não permanece em caminhos calçados ou de solo exposto, pois não é como os encontrados em cachorros, que conseguem percorrer distâncias sem o hospedeiro.

COMO ACONTECE A EXPOSIÇÃO?

Os humanos são expostos ao parasita quando estão em contato com a vegetação ou acúmulo de folhas secas de locais propícios à presença do carrapato. Com isso, é preciso ter cuidado ao andar, sentar e deitar nesses ambientes.

Segundo o Devisa, o carrapato transmissor da febre maculosa segue a seguinte trajetória:

  • A fêmea adulta abandona o hospedeiro para colocar os ovos no ambiente. Ao todo, são mais de 6 mil ovos.
  • Após 30 dias, os ovos eclodem e nascem as larvas. Elas sobem na vegetação e esperam a passagem dos hospedeiros.
  • Quando encontram o hospedeiro, as larvam sugam o seu sangue por três a seis dias, antes de voltar para o ambiente.
  • Passados 18 a 26 dias, as larvas se transformam em ninfas. Elas buscam um hospedeiro e sugam o seu sangue por mais seis dias antes de voltar para o ambiente.
  • Após cerca de 25 dias, as ninfas se transformam em carrapatos adultos e procuram por novos hospedeiros para se alimentar e reproduzir.

COMO SE PREVENIR

A prevenção contra a doença é baseada em impedir o contato com o carrapato. Portanto, em locais onde haverá exposição ao bicho, algumas medidas podem ajudar a evitar a infecção, como:

  • Usar roupas claras para ajudar a identificar o bicho
     
  • Utilizar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramados
     
  • Evitar andar em locais com grama ou vegetação alta 
     
  • Usar repelentes de insetos
     
  • Quando for a uma área de mata, fazer busca em si e nos animais de estimação por carrapatos a cada três horas

COMO FAZER A REMOÇÃO DO CARRAPATO?

A remoção do carrapato deve ser feita com uma pinça. Não se deve apertar ou esmagar o carrapato, mas puxar com cuidado e firmeza.

Após retirar o carrapato inteiro, é indicado lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água. Depois disso, é preciso colocar todas as peças de roupas em água fervente para retirar os insetos.

A DOENÇA

A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados. A diretora do Devisa, Andrea von Zuben, informa que o principal sintoma da doença é a febre alta que pode ser confundida com outras enfermidades.

“Por isso é importante que o médico sempre pergunte ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, relata.

SINTOMAS

A febre maculosa é caracterizada por um conjunto de sintomas, assim como outras infecções como dengue, sarampo, leptospirose, malária, hepatite viral, entre outras, informa o Ministério da Saúde. Confira:

  • Febre
     
  • Dor de cabeça intensa.
     
  • Náuseas e vômitos.
     
  • Diarreia e dor abdominal.
     
  • Dor muscular constante.
     
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés.
     
  • Gangrena nos dedos e orelhas.
     
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.

No entanto, há certa diferença na hora de diagnosticar a doença das outras infecções, sendo elas a questão da avaliação da presença do carrapato-estrela na pessoa com o sintoma, o ambiente em que o paciente esteve nos últimos dias – se esteve em áreas rurais – e exames específicos.

MORTES EM CAMPINAS

Até o momento, três pessoas que estiveram na feijoada morreram devido à doença. Além delas, outras duas pessoas também faleceram por conta da contaminação entre os meses de fevereiro e abril. Veja o perfil das vítimas:

  • Homem, 47 anos, morador do Parque Jatibaia (abrangência do CS Sousas). O local provável de infecção é a área do Rio Atibaia, no distrito de Sousas. Teve os primeiros sintomas em 28 de janeiro de 2023 e morreu em 3 de fevereiro.
     
  • Mulher, 62 anos, moradora do Jardim Sorirama (área de abrangência do CS Sousas). O local provável de infecção está em investigação. Os sintomas começaram em 16 de abril. Morreu no dia 23 do mesmo mês.
     
  • Mulher, 36 anos, moradora de São Paulo. A mulher esteve em Campinas em 27 de maio, em um evento na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio (região Leste da cidade), local provável de infecção. Morreu em 08/06.
     
  • Mulher, 28 anos, moradora de Hortolândia. A mulher esteve em Campinas em 27 de maio, em um evento na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio (região Leste da cidade), local provável de infecção. Morreu em 08/06.
     
  • Homem, 42 anos, morador de Jundiaí. O homem esteve em Campinas em 27 de maio, em um evento na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio (região Leste da cidade), local provável de infecção. Morreu em 08/06.

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