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CotidianoVeja o que causa o tremor sentido por moradores de Campinas nesta sexta

Veja o que causa o tremor sentido por moradores de Campinas nesta sexta

Abalo de magnitude 4.0 no Litoral chegou a ser sentido na região na manhã desta sexta-feira (16)

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Moradores da região de Campinas acordaram com um tremor de terra na manhã desta sexta-feira (16). Segundo relatos, um abalo foi sentido em bairros como DIC V e Vila Pompeia. Segundo o SGB (Serviço Geológico do Brasil), um terremoto de magnitude 4.0 mR (Escala Richter que vai até nove) foi registrado no Litoral paulista por volta das 8h.

Incomum no país, você sabe o que causa esse tremor de terra?

Os terremotos ou abalos sísmicos são provocados por movimentos na crosta terrestre, composta por enormes placas de rocha. Além destes movimentos, os tremores também podem ser provocados por atividade vulcânica ou de deslocamentos de gases (principalmente metano) no interior da Terra.

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“O evento foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira e analisado pelo Centro de Sismologia da USP. Há relatos de que o tremor foi sentido em várias regiões do Vale do Ribeira”, informou.

Os pesquisadores afirmam que o tremor de terra teve como epicentro as cidades de Miracatu, Iguape e Itariri. Abalos dessa magnitude podem ser “sentidos levemente” até uma distância de cem quilômetros ou mais, de acordo com o centro de pesquisa – a cidade de Miracatu está distante 140 km da capital.

Em Campinas, a Defesa Civil informou que teve uma solicitação sobre abalo de terra durante a manhã. A região onde foram sentidos os tremores, segundo os especialistas, é propensa a abalos. Os cientistas, porém, ainda estão investigando o que motivou o fenômeno desta manhã, registrado por volta de 8h22.

“O Brasil está em uma posição privilegiada, no centro da placa tectônica sul-americana, mas isso não significa esteja livre de sentir abalos eventuais, causados pela liberação de tensão gerada pela movimentação da placa”, diz Bruno Colaço, sismologista do Centro da USP.

Ainda segundo a USP, a magnitude 4 não chega a causar preocupação. Os efeitos no epicentro podem incluir pequenas trincas em reboco ou quedas de telha nas casas. Mas o impacto assusta os moradores. “Em geral, esses abalos acontecem em regiões pouco habitadas. Mas, quando ocorrem em áreas urbanas, todo mundo se assusta. É normal que isso aconteça, mas os danos estruturais dificilmente ocorrem”, afirma Colaço.

O professor do Instituto de Geociências da Unicamp, Álvaro Penteado Crósta, disse que é possível ele ter sido sentido em Campinas, mesmo que em menor intensidade.

“É muito raro ocorrer um tremor dessa magnitude na região Sudeste do Brasil e ele se propaga com a distância. Claro que ele vai diminuindo de intensidade com a distância, mas pode chegar a regiões mais distantes, como Campinas. Nesse caso vai ser sentido mais por moradores de edifícios e de andares mais altos”, afirmou.

O SGB informou que tremores de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil. “Em geral, esses pequenos sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre”.

HÁ CHANCE DE OCORRER DE NOVO?

Segundo o especialista, não é comum tremores dessa magnitude no estado de São Paulo, mas a chance de um evento semelhante fica ainda mais baixa.

“O que se sabe é que é um sismo raso, que tem uma profundidade pequena em relação a crosta e tende a ser menos intensos e é característico da região. Estamos no meio de uma placa tectônica e não é de se esperar um sismo tão grande. Não acredito que vai ocorrer outro cismo, ainda mais nessa magnitude, porque quando ocorre um há um alívio dessa pressão acumulada por muito tempo e as camadas se acomodam, tendem a não ocorrer mais”, finalizou.

NO ESTADO

O tremor de terra teve reflexos também na cidade de São Paulo e na região metropolitana, de acordo com Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo. Moradores de municípios como Taboão da Serra, Cotia, Carapicuíba, Osasco e até na capital relataram terem percebido o abalo, por meio das redes sociais.

O litoral sul paulista é uma zona relativamente ativa em tremores em relação a outras regiões do Estado. Em julho de 1946, foi registrado um tremor em Cananeia, com magnitude 4.6 na escala Richter. O técnico José Roberto Barbosa, que atua também no Centro de Sismologia da USP, explica que os tremores de magnitude 2 ou 3 são mais costumeiros.

Os especialistas esclarecem que esses tremores não são considerados terremotos. “Terremoto é evento catastrófico. Em média, duas vezes por ano ocorrem magnitudes acima de 4 em algum lugar do Brasil”, explica Barbosa.

TREMOR SENTIDO EM CAMPINAS

“Foi depois das 8h da manhã. Ouvi um barulho de algo batendo constantemente, abaixei o volume da TV para ouvir melhor e vi que eram as portas do quarto e do guarda-roupa. Eu pensei em tremor, mas achei que era coisa da minha cabeça”, afirmou a engenheira civil Carolina Estevam.

Carolina disse que já sentiu tremores na casa outra vez, e não associa com outra causa como movimentação na rua.

“Última vez que teve, que se não me engano foi em outro Estado, eu também senti. Moro em um prédio do terceiro andar, acho que não chegou a durar um minuto. E não passava nenhum carro na rua, e mesmo quando passa não chega a causar tremor”, completou.

Já a moradora Renata, da Vila Pompéia, destacou que onde ela mora o fenômeno foi levemente sentido pelo marido.

“Moro em apartamento, e, hoje pela manhã, por volta de 8h35, meu marido sentiu um tremor bem leve enquanto estava sentado no sofá”.

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