Os gastos com a saúde na RMC (Região Metropolitana de Campinas) subiram 20,7% em um ano, saindo de R$ 7,000,1 bilhões no ano passado para R$ 8,5 bilhões em 2022. Os dados indicam aumentos nos preços de remédios, planos de saúde e odontológicos e outros serviços relacionados a tratamentos médicos.
O levantamento foi realizado pelo IPC Maps, que utiliza metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo, com base em dados oficiais e programas de geoprocessamento. Os resultados indicam que o reajuste dos custos com saúde na região metropolitana é quase o dobro da média registrada no País.
“Campinas e a região formam o segundo maior mercado do estado. A população tem o poder aquisitivo elevado e que vê vantagens em fazer uma prevenção. A questão da inflação interfere, mas o envelhecimento da população também, já que os custos elevam”, especifica o coordenador da pesquisa, Marcos Pazzini.
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ECONOMISTA COMENTA
O economista e professor de Economia da Facamp, Saulo Abouchedid, explica que o aumento tem relação também com a pandemia. “A maior procura pelos planos de saúde causou a elevação dos preços. Além disso, tem os preços dos medicamentos, que foram afetados pelos aumentos generalizados dos custos de produção não só no País, como no mundo”, relata.
MORADORES LAMENTAM
Aos 32 anos, Gabrielle da Silva anda com bengala, sente dores e fraqueza. Há seis anos ela descobriu que tem uma síndrome rara que compromete os nervos. Por esse motivo, usa vários remédios e lamenta que o principal, contra a dor, é o mais caro. Pra piorar, ela precisa comprar pelo menos duas caixas por semana.
Gabrielle recebe uma aposentadoria e gasta a maior parte com medicamentos. “Agora no momento, custa entre R$ 120 e R$ 130 o genérico, que dura de três a quatro dia. O original passa de R$ 200. Gasto cerca 70% com remédios ”, diz.
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