Vizinhos de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador da Mega-Sena que foi assassinado em Hortolândia ontem, disseram que a vítima costumava ajudar as pessoas que conhecia com o dinheiro que recebeu. Em 2020, Dias ganhou a grande quantia de R$ 47,1 milhões na loteria. Jonas desapareceu na última terça-feira (13), após sair para caminhar. Ele foi encontrado na manhã de ontem, na alça de acesso da SP-101, que liga Campinas a Monte Mor, no sentido Bandeirantes, na altura do km 104.
Hoje, a Polícia Civil de Hortolândia informou que está em busca da identificação de suspeitos do assassinato do ganhador da Mega-Sena. Porém, não detalhou como está a investigação. “Nós estamos ainda investigando e não quero que qualquer fala antecipe um juízo ou até atrapalhe as investigações, porque é muito prematuro falar em autoria”, disse a delegada Juliana Ricci. Para a polícia a conta bancária da vítima foi o que motivo para o crime. Der sua conta foram transferidos cerca de R$ 19 mil por meio de PIX. Hoje, familiares de Jonas Lucas também foram ouvidos.
Segundo o delegado João Jorge Ferreira, que também atua na investigação, todas as linhas de investigação estão abertas. “Se alguém sabia que ele tinha dinheiro… sim, sabia. No bairro em que ele vivia, todo mundo sabia. Todo mundo sabia que ele possuía quantias, e que era razoável”. Ainda de acordo com a polícia, imagens de câmera de segurança podem ajudar a desvendar o que aconteceu.
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SIMPLES E HUMILDE
Os vizinhos de Jonas Lucas disseram que, mesmo após ganhar o prêmio, ele continuava “simples e humilde”. A aposta vencedora saiu em uma lotérica de Campinas, no bairro Jardim Nova Europa. Na época, em 2020, a vítima trabalhava na região. “Ele era um rapaz querido. Muito conhecido. Era um cara legal, tranquilo. É triste”, disse um vizinho. Quem viva próximo a Jonas conta que ele tinha o costume de ajudar as pessoas com o dinheiro que ganhou.
DINHEIRO
Ainda segundo os advogados da vítima, ele possuía um valor considerável em duas contas da Caixa Econômica. O gerente da agência informou, ontem, que Jonas teria feito contato por WhatsApp, por volta de 14h de terça-feira, solicitando a transferência de R$ 3 milhões de sua conta da agência de Monte Mor. No entanto, como o gerente estava de férias, e como Jonas não respondeu algumas perguntas, como para que seria o dinheiro, a transferência não foi autorizada. Agora, a Polícia Civil aguarda a informação de qual conta receberia essa transferência – que deverá ser passada pela família.
SAQUES E PIX
A gerência da Caixa ainda disse que ontem foram realizados dois saques da conta da vítima e uma transferência via PIX. O boletim de ocorrência informou que possivelmente essas transações aconteceram em um caixa eletrônico da agência de Monte Mor. Os saques foram de R$ 1 mil e o PIX, de R$ 18,6 mil.
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