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EconomiaAuxílio Brasil: Governo sanciona lei que valida crédito consignado a inscritos

Auxílio Brasil: Governo sanciona lei que valida crédito consignado a inscritos

Texto ainda amplia de 35% para 40% a margem para concessão de empréstimo a empregados com carteira assinada

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Medida também amplia margem desse crédito a segurados da Previdência (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Medida também amplia margem desse crédito a segurados da Previdência (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil) 

 
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (3), a lei que autoriza a concessão de crédito consignado a beneficiários dos programas Auxílio Brasil, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Renda Mensal Vitalícia (RMC).  

A medida, confirmada na noite desta quarta-feira (3), em nota da Secretaria-geral da Presidência, foi antecipada pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, e será oficializada na edição desta quinta-feira (4), do Diário Oficial da União.

O texto ainda amplia de 35% para 40% a margem para concessão de empréstimo a empregados com carteira assinada. Margem é o quanto da folha de pagamento pode ser comprometida com o pagamento do empréstimo. Nesse caso, o desconto também poderá incidir sobre verbas rescisórias devidas pelo empregador. 

Já para aposentados e pensionistas, o limite do desconto é de 45%. Nos dois casos, 5% são destinados a despesas ou saques em cartão de crédito consignado, enquanto o porcentual restante fica reservado a empréstimos, financiamentos e arrendamentos mercantis. 
 
 
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‘O objetivo é atenuar os efeitos da crise econômica que atingiu as famílias brasileiras durante o período de pandemia, uma vez que o benefício previdenciário ou assistencial é, muitas vezes, a única fonte de renda familiar’, justifica o governo ao sancionar a lei. ‘A medida também prevê que serão restituídos os descontos realizados após o óbito do titular financeiro de benefício em decorrência de empréstimo consignado ou cartão de crédito consignado’, esclarece, em seguida. 

SANÇÃO

Como mostrou a reportagem, a sanção contou com apoio da ala política do governo e da campanha à reeleição, que veem no programa mais um possível impulso para os planos de reeleição de Bolsonaro. A ideia é que as instituições financeiras possam conceder os empréstimos à população de baixa renda ainda em agosto e, assim, ajudar o presidente a ganhar fôlego nas pesquisas de intenção de voto o quanto antes. Nesta quarta, pesquisa Genial/Quaest mostrou melhora na avaliação do governo entre beneficiários do Auxílio Brasil.

A concessão de empréstimos a beneficiários do Auxílio Brasil vem em momento de dúvidas se o valor do benefício será realmente mantido em R$ 600 no ano que vem, como prometeu Bolsonaro e o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o presidente a comandar o País a partir de 2023 ainda incerto, o piso atual do Auxílio Brasil vence em dezembro, como estabelecido na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios. Como sinalizado pelo próprio Bolsonaro em entrevista, a tendência é que o governo aponte na Lei Orçamentária Anual (LOA) a disposição em manter o benefício em R$ 600 em 2023 e apresente ao Congresso uma PEC que autorize o gasto, que não cabe no teto de gastos.

Se os planos derem errado, há chance de beneficiários de um programa social voltado à baixa renda contraiam empréstimos e depois vejam o valor depositado pelo Executivo ser reduzido – ou retomado ao valor original, de R$ 400.

Alegando contrariedade ao interesse público, foi vetado dispositivo que aplicava limite de 40% se leis ou regulamentos não aplicassem porcentuais maiores em consignações facultativas. ‘A proposição legislativa excluiria a possibilidade de consignar outras modalidades na margem facultativa, o que poderia caracterizar reserva de mercado, ao privilegiar instituições financeiras em detrimento de outras’, justifica o Executivo. 
 
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