Por Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta segunda-feira (2) que a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) em fevereiro, de 79,2% do pib (Produto Interno Bruto), é a menor desde abril de 2020, no início da pandemia de covid-19. Na época, a dívida bruta era de 78,4% do PIB.
Em fevereiro, Rocha destacou que a apreciação cambial e o aumento do PIB nominal favoreceram a redução da dívida bruta em relação ao PIB.
Em janeiro, o porcentual era de 79,5%.
No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
DÍVIDA LÍQUIDA
Em contrapartida, o fortalecimento do real aumentou a dívida líquida do setor público em relação ao PIB de janeiro para fevereiro em 0,4 ponto porcentual.
A dívida líquida passou de 56,6% do PIB para 57,1% do PIB no período.
DIFERENÇAS
A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País.
Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.