O governo de São Paulo eliminou a obrigatoriedade da marcação a fogo em gado vacinados. A mudança, aprovada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, é a primeira do tipo no país. As novas diretrizes se aplicam à vacinação contra brucelose de fêmeas bovinas e bubalinas com idades entre três e oito meses.
A iniciativa, liderada pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da secretaria de Agricultura e Abastecimento, permitirá que os animais vacinados sejam identificados por um botton colocado na orelha, ao invés da tradicional marcação a fogo.
“O bem-estar animal se traduz em segurança jurídica, garantindo um documento que comprova boas práticas, valorizando a pecuária paulista e abrindo novos mercados internacionais”, disse Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento.
Nova identificação de gado
A mudança para a identificação por botton tem a intenção de promover o bem-estar animal, além de proporcionar um manejo mais eficiente e seguro para os profissionais envolvidos na vacinação. A resolução também traz novidades em relação aos prazos de vacinação e à desburocratização dos processos.
“Esse pacote de medidas prioriza todos os envolvidos na vacinação contra a brucelose, com o objetivo de controlar e, posteriormente, erradicar essa zoonose”, afirmou Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da Defesa Agropecuária.
Agora, o calendário de vacinação para bovinos e bubalinos será dividido em dois períodos:
- de 1º de janeiro a 30 de junho e
- de 1º de julho a 31 de dezembro.
A campanha faz parte do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT).
Os produtores que não vacinarem seus rebanhos dentro do prazo terão a movimentação dos bovídeos suspensa até que regularizem a situação junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A partir de agora, a declaração de vacinação não precisará mais ser feita pelo proprietário ou responsável pelos animais, segundo o governo. Para validar a imunização, o médico-veterinário responsável deverá cadastrar o atestado de vacinação no GEDAVE, um sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal, em até quatro dias após a vacinação.
Se houver discrepância entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado no GEDAVE, tanto o médico-veterinário quanto o produtor serão notificados por e-mail e deverão regularizar a situação.
Os bottons no gado
A nova alternativa para a identificação dos animais vacinados contra brucelose é não obrigatória. Os bottons amarelos indicarão a vacinação com a vacina B19, enquanto os bottons azuis identificarão as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Antes, a identificação era feita por marcação a fogo, indicando o ano corrente ou uma marca em “V”.
Os bottons serão fornecidos a estabelecimentos que comercializam insumos e produtos veterinários e estarão disponíveis junto com as vacinas. Em caso de perda ou dano do botton, uma nova aplicação deve ser solicitada ao médico-veterinário ou à Defesa Agropecuária.
Vale ressaltar que a utilização do botton só é válida dentro do estado de São Paulo, sendo proibido o trânsito de animais identificados de forma alternativa para outros estados da federação.
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