A nadadora Ana Marcela Cunha nem terá muito tempo para saborear o bicampeonato mundial de águas abertas nos 5 km, pois já tem de se concentrar para a disputa dos 10 km, quarta-feira (29), em Budapeste, e os 25 km, um dia depois. Mas fez questão de ressaltar o trabalho de sua equipe e dedicou seu 6° ouro mundial para “todos”.
Com a medalha no peito da conquista desta manhã de segunda-feira (27) no Brasil, início tarde na Hungria, a brasileira fez questão de relembrar o primeiro pódio, no Canadá, em 2010, para engrandecer seu trabalho e de toda a equipe ao longo destes 13 anos.
“Cada uma (conquista de medalha) tem um gostinho especial, tem uma preparação diferente, há toda uma história por trás de cada medalha”, disse. “A minha primeira de bronze foi no 5 Km, no Canadá, ali que tudo começou, e poder chegar até essa 13ª medalha em Mundial, um ouro, que ganhei também ano passado (Jogos Olímpicos de Tóquio), mostra a consistência do nosso trabalho e estou muito feliz com essa conquista”, enfatizou, toda orgulhosa.
Com a maior simplicidade, a atleta de 30 anos dividiu os méritos da sua façanha. Ela disse que a conquista da sexta medalha de ouro em mundiais, contando as outras distâncias, não é algo exclusivo. “Não é só minha, é de todo mundo, de toda a equipe e de todos que me ajudaram nesses últimos dias, principalmente.”
E nada de se mostrar satisfeita por mais um prêmio merecido à grande atleta de maratonas aquáticas da atualidade. Ela está concentrada para buscar mais pódios em Budapeste.
“Tem 10 km e 25 km ainda, uma verdadeira maratona. A primeira parte foi feita, agora é recuperar, descansar as próximas 24 horas e aí, depois de amanhã, voltar para a água e dar nosso melhor. Se vai vir medalha de ouro ou não, o mais importante é eu sair da água sabendo que eu dei meus 100%”, afirmou.