O presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, saiu mais uma vez em defesa da Copa do Mundo a cada dois anos e disse nesta segunda-feira (3) que a Eurocopa poderia seguir o mesmo caminho. Em uma entrevista à rádio italiana Anch’io Sport, o dirigente explicou que “o impacto econômico é positivo para todos”.
“A Copa do Mundo a cada dois anos não é uma petição minha, mas sim do Congresso da Fifa, que pediu um estudo sobre a sua viabilidade. Fizemos um estudo muito sério e do ponto de vista esportivo funcionaria. O impacto econômico é positivo para todos”, explicou.
“O mais importante é que é positivo para a proteção das ligas nacionais e para os próprios jogadores. Haveria menos jogos com uma pausa em julho. Na Europa há oposição, mas esta é uma forma mais inclusiva. As Eurocopas também poderiam ter a mesma cadência”, acrescentou Infantino.
Na entrevista, o presidente da Fifa também falou sobre o tempo de jogo efetivo e ressaltou que é um aspecto que deve ser estudado. “Sou tradicional porque o futebol é um esporte tradicional, mas moderno em não ter tabus. Um dos maiores problemas do nosso futebol é que quando há uma pequena falta, o jogador fica no chão e não se mexe”, disse.
“Pode-se pensar um pouco mais em tempo real, não é possível que em 90 minutos as partidas durem 47. Então não sei se o cronômetro é a solução ou não. Fui contra o VAR (árbitro de vídeo) no início, mas vimos que pode ajudar o árbitro. O que pode ajudar o futebol é bem-vindo, assim como a regra do impedimento, que dá uma vantagem aos atacantes. Este é também um dos pontos que estamos estudando”, acrescentou.
Questionado sobre a possibilidade de o estádio Olímpico, em Roma, ser rebatizado de estádio Paolo Rossi, em homenagem ao jogador italiano, herói da Copa do Mundo que a Itália conquistou na Espanha em 1982 e que morreu em 2020, Infantino se entusiasmou. “Não há ninguém contra ‘Pablito’, temos que apoiar a ideia de colocar o estádio Olímpico com o nome de Paolo Rossi. Ninguém como ele teve impacto sobre os italianos no mundo”, concluiu.