O Ministério Público do Trabalho divulgou nesta terça-feira (18), o mais recente balanço sobre as denúncias de assédio eleitoral recebidas pelo órgão referentes às eleições deste ano, indicando que houve 419 relatos de casos em que o empregador pressiona o trabalhador a votar em determinado candidato. O número representa quase o dobro das denúncias que chegaram ao MPT ao longo de todo o período eleitoral de 2018, quando foram registrados 212 relatos referentes a 98 empresas.
A Região com o maior número de registros de denúncias de assédio eleitoral é a Sul, com 154 relatos. Já o Estado que ocupa o primeiro lugar no ranking de casos de assédio eleitoral, ainda de acordo com o levantamento, é Minas Gerais. Foram reportados ‘condutas abusivas’ em 24 dos 26 Estados.
Em entrevista ao Estadão, o procurador-geral do Trabalho José de Lima Ramos Pereira disse ver uma ‘banalização’ do assédio eleitoral no pleito deste ano, indicando que o número de denúncias vai crescer ainda mais. “Percebendo que ainda falta bastante tempo para a prática de mais casos de assédio, com certeza a gente vai superar e muito esse número’, afirmou.
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A Procuradoria já fechou uma série de termos de ajustamento de conduta e entrou com ações por assédio eleitoral neste pleito. No início do mês, o braço do MPT no Pará fechou o cerco a um empresário apoiador do presidente Jair Bolsonaro que tentou comprar, por R$ 200, os votos de trabalhadores de sua cerâmica. No Paraná, o órgão entrou com ação contra empresa que anunciou corte de 30% no quadro de funcionários caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito.
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