O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, que adotou um tom combativo contra os dois principais candidatos ao Planalto – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) -, negou haver uma contradição entre seus ataques aos adversários e o objetivo de unir a nação.
“Vou me esforçar para unir o Brasil”, disse, admitindo que pode reavaliar seu discurso.
Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta terça-feira, 23, Ciro justificou que seu discurso acontece porque “a corrupção é praticada por pessoas”.
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“Temos de ser duros, a corrupção é um flagelo”, afirmou o pedetista.
Ciro também voltou a se comprometer a criar, em um possível governo, um programa de renda mínima de R$ 1.000.
“A conta fecha”, declarou o pedetista, afirmando que a taxação de grande fortunas poderá fornecer recursos para o projeto.
DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou, no rol de propostas para o meio ambiente, que “tomar o pulso do controle do território brasileiro” será uma prioridade desde o seu primeiro dia de governo. Em entrevista ao Jornal Nacional nesta terça-feira, 23, o candidato criticou as Forças Armadas, que, segundo ele, “foram coniventes com o desmatamento na Amazônia”.
O pedetista afirmou que o Brasil “perdeu o senhorio sobre o seu território”. Para lidar com o problema, Ciro afirmou que não basta focar apenas na repressão. “Nós temos que fazer uma base de desenvolvimento sustentável”, disse, defendendo o zoneamento econômico ecológico, para que exista um “esforço de retreinamento de diversificação da atividade produtiva”.
“Nosso povo só sabe desmatar, pegar madeira de lei sensível, corta e ganha US$ 2.000 por metro cúbico de mogno. Ele não entende como ele vai passar fome, com o filho dele com fome, com aquela árvore ali podendo dar US$ 2.000 com um contrabando absolutamente grave. Então nós temos que fazer um grande trabalho de reconversão da lógica produtiva”, disse.
Segundo Ciro, se for oferecida a alternativa de se produzir com base sustentável, a repressão “vale para o verdadeiro marginal”.
“LEI ANTIGANÂNCIA”
O candidato do PDT a Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou que, entre as suas propostas de governo, está a de colocar em vigor no País a “Lei Antiganância”.
De acordo com o pedetista “todo mundo do crédito pessoal, do cartão de crédito, do cheque especial, ao pagar duas vezes a dívida que tem, fica quitada por lei”, explicou, durante entrevista ao Jornal Nacional, nesta terça-feira, 23, sem dar maiores detalhes.