JULIA CHAIB E RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Começou às 9h52 a sessão da CPI da Covid, que terá o depoimento do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Os senadores vão questionar o dirigente sobre a vacina Coronavac, produzida pelo instituto, após ser desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.
Também prometem perguntar sobre a resistência do governo federal, em particular do presidente Jair Bolsonaro, em adquirir a imunização, que foi a primeira contra a Covid-19 aplicada no Brasil. Covas também deve dar detalhes sobre a vacina Butanvac, desenvolvida pelo instituto e atualmente em fase de testes.
Ao chegar para a sessão, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o depoimento será importante para saber detalhes da negociação com o governo federal para a compra das vacinas. Renan também comentou a aprovação da nova convocação do ex-ministro Eduardo Pazuello, afirmando que terá um caráter “pedagógico” para o general parar de “delinquir”, disse, em referência à participação sem máscara, de ato que promoveu aglomeração, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
‘O Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a começar a vacinação’, afirma diretor do Butantan
O presidente da CPI da Covid, Dimas Covas, afirmou à CPI da Covid nesta quinta-feira (27) que a vacinação no Brasil poderia ter começado antes “se todos os atores” tivessem colaborado.
Segundo Covas, o laboratório tinha quase 10 milhões de doses prontas no ano passado. Quase 10 milhões de doses prontas em dezembro do ano passado.
“O Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a começar a vacinação, se não fossem os percalços, tanto de vista de contrato como regulatório”, disse. O estado de São Paulo começou a vacinar em 17 de janeiro.
De acordo com Covas, o mundo começou a aplicar os imunizantes em 8 de dezembro.