O presidente e candidato à reelição Jair Bolsonaro (PL) participou de uma motociata e de um comício na manhã deste sábado (24), em Campinas. Durante seu discurso, no Largo do Rosário, no Centro, o presidente atacou o candidato e ex-presidente Lula (PT) e disse que irá permitir o uso de armas por parte da população: “povo armado jamais será escravizado”.
“BNDES, R$ 400 bilhões. Outro, Caixa Econômica Federal, R$ 45 bilhões. Esse é o governo do PT, esse é Luis Inácio Lula da Silva, o maior ladrão que passou pela história da humanindade”, afirmou o presidente em Campinas.
A motociata saiu da Rodovia Zeferino Vaz por volta das 9h20 e seguiu até o Largo do Rosário, no Centro de Campinas. Em frente ao grupo, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) dirigiu uma moto, com o candidato ao governo do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na garupa. Logo atrás, estava o candidato ao Senado, Marcos Pontes (PL).
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Por conta do combio, o tráfego de veículos na Rodovia Prof. Zeferino Vaz (SP-332) foi completamente bloqueado a partir das 7h deste sábado, entre o km 110 e o km 114, em função de concentração de motociclistas para evento que se deslocou pelas vias urbanas de Campinas.
A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) relatou que houve reforço das equipes da concessionária Rota das Bandeiras e da Polícia Militar Rodoviária, tanto na SP-332 quanto na SP-065, para prestar atendimento e orientação aos usuários. A via foi totalmente liberada por volta das 10h.
CERTIDÃO DE NASCIMENTO
Bolsonaro iniciou o discurso às 10h29 e disse ter um passado com a cidade de Campinas. “Eu sou nascido no interior de São Paulo, na cidade de Glicério. Fui criado em Eldorado Paulista, Vale do Ribeira. Renasci em Juiz de Fora, mas a minha certidão de nascimento é de Campinas. Satisfação muito grande de voltar a essa terra. Quase toda a minha família é daqui de Campinas. Já morei na Rua Barão de Itapura com a minha avó. Aqui fiquei um ano em 1973, quando cursei a Escola Preparatória de Cadetes”, disse.
Na sequência, abordou a pandemia e falou sobre suas propostas de governo na última eleição. “Temos um divisor de águas pela frente, a data dois de outubro. Você sabem, quando eu assumi em 2019, para onde estava indo o país. Sabem o que fizemos naquele ano, bem como o que enfrentamos em 2020 e 2021. Uma pandemia, algo desconhecido para o mundo. O mundo todo sofreu com isso. No Brasil, não foi diferente. Mas hoje, eu tenho orgulho de dizer que tudo o que eu falei ao longo desses dois anos não errei em nenhuma dessas propostas”, disse.
PANDEMIA
Após criticar a vacinação, as orientações e restrições a respeito da pandemia da covid-19, Bolsonaro reforçou que apoiou os trabalhadores durante a pandemia, sem fechar comércios. Atualmente, o país soma mais de 685 óbitos em decorrência da doença.
“Eu fui contra a política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’. Sempre falei que tínhamos que combater o vírus e também combater o desemprego em nosso país. Quando obrigaram a vocês o ‘fique em casa’, muita gente não tinha renda, muita gente vivia na informalidade. Estavam, condenados, sim, a dias muito difíceis no nosso Brasil. Fizemos tudo para atendê-los, criamos programas para garantir, atendemos os mais necessitados com o auxílio emergencial e nós vencemos essa etapa”, acrescentou o candidato.
Pouco antes das 11h, Bolsonaro subiu na caçamba de uma caminhonete e se retirou do comício a caminho do Aeroporto Internacional de Viracopos. O candidato à reeleição também não concedeu entrevista à imprensa.
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