A Justiça aceitou a denúncia feita pelo MP (Ministério Público) contra o vereador de Campinas Edison Ribeiro (União Brasil). Segundo a denúncia, o parlamentar é suspeito de liderar um esquema da chamada rachadinha. A ação de responsabilidade civil por improbidade administrativa, ajuizada em abril, cita o parlamentar e outras três pessoas.
O foco é apurar a prática de rachadinha ou mensalinho no gabinete do vereador, envolvendo os servidores comissionados indicados por ele ou por seu partido na administração municipal direta e indireta. Na época, Edison Ribeiro integrava o Partido Social Liberal (PSL).
“Foi ajuizada, em abril último, uma ação de responsabilidade civil por improbidade administrativa em face do vereador citado e de outras três pessoas, com base no IC n° 6902/2021, instaurado para apurar a prática de rachadinha (mensalinho) no gabinete do vereador em foco, e também no tocante aos servidores comissionados por eles indicados (ou por seu então partido – PSL) na administração municipal (direta e indireta)”, informou o MP.
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De acordo com a denúncia, ele teria obrigado assessores nomeados para cargos a entregar parte dos salários. A coleta do dinheiro seria feita pelo subprefeito do Campo Grande, Marcos Antônio Malachias, nomeado em 2020, e pelo filho do vereador, André Ribeiro. O processo corre em segredo de Justiça.
“Os outros réus são familiares dele (dois) e um subprefeito indicado por ele ao cargo em comissão. O processo corre em segredo de Justiça por conta das informações bancárias e fiscais constantes dos autos, não só dos réus, mas de mais de 20 servidores comissionados”, finaliza o MP.
Sobre a conduta do subprefeito do Campo Grande, a Prefeitura de Campinas disse que acompanha investigação do Ministério Público e vai aguardar o desfecho para definir se será tomada alguma medida contra o servidor. O advogado de defesa do vereador e do filho dele disse que a denúncia era esperada, mas que não se sustenta.
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