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PolíticaPSD terá papel pacificador na eleição e no país, diz Kassab

PSD terá papel pacificador na eleição e no país, diz Kassab

Presidente do PSD avaliou cenário político atual e afirmou que pretende apoiar candidatos neste ano, além de não abrir mão da candidatura própria

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Presidente do PSD, Gilberto Kassab (Foto: Jefferson Souza/EPTV Campinas)
Presidente do PSD, Gilberto Kassab (Foto: Jefferson Souza/EPTV Campinas)

O presidente do PSD (Partido Social Democrático), Gilberto Kassab, afirmou que a legenda terá um papel pacificador na eleição de 2022, marcada para outubro deste ano, além de também trazer “pacificação” para o país. De acordo com ele, o papel atual é apoiar candidatos regionais e também aqueles que foram concorrer a cargos no Congresso e à presidência.

Ao acidade on Campinas, Kassab disse ainda que não abre mão da candidatura própria e está em busca de nomes para as eleições deste ano. Sobre os políticos Eduardo Leite e Rodrigo Pacheco, o presidente do PSD afirmou que acredita que foram acertados, mas que o partido vai apresentar uma pessoa bem preparada e que possa “significar a união do país”.

Confira a entrevista completa:

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Estamos com um cenário político já um pouco desenhado nesse ano. Como o PSD tem se movimentado nesse sentido pensando nas eleições de 2022?

Gilberto Kassab: O PSD hoje já é um mais maduro apesar de ter dez anos apenas de vida. Estamos nessa eleição muito preocupados em pacificar o país, em ajudar na pacificação. O país vive hoje infelizmente ainda um clima de ódio. Quem perde eleição prefere que o país exploda. Quem vence as eleições quer massacrar o adversário. As pessoas ainda não têm aquela percepção de que quem perdeu é importante. Pode até ajudar o país mesmo sendo oposição. E quem ganhou precisa ter a generosidade dos vencedores. Então queremos que a gente possa ser feliz nessa tentativa de trazer mais harmonia, mais paz, mais espírito público pra todos aqueles que disputam eleições, seja no plano nacional, seja no plano estadual. Portanto temos a tese da candidatura própria, isso ajuda, né? Nós entendemos que as coligações não são boas pro Brasil. Aliás, é um dos poucos países do mundo que tem coligação e não tem sentido nenhum. Existe um partido pra apoiar o candidato de outro partido. Felizmente, nós tivemos êxito no passado recente e incluí para que fosse aprovada a proibição da coligação nas eleições proporcionais. Vereador, deputado estadual, deputado federal. Falta agora aprovarmos a proibição para coligação dos cargos majoritários, prefeitos, governador, presidente. O Brasil melhorou muito no campo da política, mas falta muito ainda para ser percorrido. Que a gente tenha o mundo ideal da política com menos partidos para que cada partido tenha uma ideologia bem nítida e com isso o eleitor sabe o candidato que está votando, mas também o que representa o partido do candidato.

Presidente, como está hoje essa candidatura própria do PSDB? Já está definido o nome?

Kassab: Eu entendo que o PSD foi muito feliz até o presente momento nas suas duas escolhas. O Rodrigo Pacheco, que é o presidente do Senado, e foi tão feliz na escolha que a sua pré-campanha começou a crescer. Junto ao Rodrigo Pacheco, pela agenda para que ele pudesse estar presente, se tornou algo muito volumoso, incompatível com a sua missão de presidir o Senado, num determinado momento entendeu que ou ele abriria mão da presidência do Senado, se licenciando, ou ele abriria mão da sua campanha de dever pública. E, infelizmente, as circunstâncias levaram ele a tomar essa decisão, mas continua sendo uma pessoa muito bem preparada e eu tenho dito sempre que ainda será nosso presidente que reúne todas as condições para isso. No momento em que o Rodrigo Pacheco abriu mão da sua pré-candidatura… algo que ele não pleiteou, ele foi convidado, o partido depois de debates internos resolveu convidar o Eduardo Leite. E, da mesma maneira, o Eduardo Leite avaliou o nosso convite. Aliás, ele acabou entendendo ser mais útil para o país sobre esse processo eleitoral desse ano ficando no seu partido, mas são dois candidatos que tiveram o maior respeito por parte da sociedade brasileira. Portanto, foram duas escolhas acertadas e eu tenho plena convicção que a próxima escolha que vamos ter, uma escolha com o processo de consulta dentro do partido, já se iniciou. Que a gente possa apresentar uma pessoa bem preparada, que possa significar a união do país, a pacificação, e com isso dar tranquilidade a todos aqueles que tenham respeito ou torcem pelo sucesso do PSD e a continuarem com esse respeito por conta da candidatura que vamos apresentar.

O senhor não abre mão da candidatura própria. O senhor pode falar nomes?

Kassab: Nós estamos iniciando agora o processo de consulta.

Como o senhor vê a terceira via? Falando também nesta questão de pacificação e de como está a situação atual?

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Kassab: Eu não posso falar (sobre) a terceira via, porque eu não sei se esses partidos vão se entender para ter um candidato próprio. Eu sempre dizia e digo sempre que posso, e podia afirmar e continuo afirmando, que o PSD vai acabar com uma candidatura que signifique a pacificação. Ela não precisa ser única, pode ter outros candidatos que significam pacificação. PSD é o partido do centro, não é um centro fisiológico. Não tivemos em muitos momentos da história do Brasil um partido que se diz respeito, porque apenas queria estar no poder, qualquer que fosse o vencedor, não. Não somos fisiológicos. O que está aí há quatro anos nós não quisemos e não vamos participar desse governo. Então, hoje a opinião pública nos vê como uma maneira bastante clara em relação ao nosso posicionamento de centro ideológico. Em função disso, o nosso candidato vai ter essa posição. Temos com a esquerda o diálogo e (também) com os conservadores. E vamos aumentar um candidato que signifique e que simbolize essa pacificação, mas podem surgir outros. Que venham outros. Seria muito bom.

Os candidatos do PSD terão liberdade para apoiar outros candidatos para presidente?

Kassab: Não é questão de liberdade. Infelizmente nós temos ainda as coligações do Brasil. As coligações das eleições majoritárias. Portanto, existirão não apenas o PSD, mas em vários partidos. Um candidato que será apoiado por um partido. Portanto, esse partido determinado apoiará a sua candidatura, mas terá outro candidato a presidente. Então é natural. Eu vou dar o exemplo no Paraná. Vamos imaginar que o Rodrigo Pacheco fosse nosso candidato a Presidente da República. Tem um partido lá, o PP, que apoia o Ratinho para governador, mas está apoiando o candidato Bolsonaro para presidente. Então, naturalmente o candidato Ratinho vai frequentar outros padrões que não sejam o do nosso candidato. A legislação permite isso. E o candidato a governador não vai querer jogar voto fora. O do seu partido seria Rodrigo Pacheco, mas o do PP que está com ele será outro candidato. Então, as pessoas confundem às vezes levando para o lado da falta de princípios ou de rigor dos partidos. Mas a lei permite.

O senhor pretende percorrer a região aqui de Campinas em busca de candidaturas ao Congresso?

Kassab: Então, a nossa ideia, assim, no momento adequado, é que se a legislação permitir, nós caminharmos junto primeiro enaltecendo a administração do prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos). e depois procurando mostrar a importância, que tem que ser Campinas para a região, da eleição do Guilherme Campos para deputado federal e do Artur Orsi para deputado estadual.

Por fim, presidente, qual que vai ser a função do senhor nessas eleições? O senhor pretende sair de candidato ou vai ficar na articulação do partido?

Kassab: Aqui na região de Campinas vou procurar enaltecer a gestão do prefeito Dário Saadi e vou procurar caminhar junto com o Guilherme Campos na sua campanha de deputado federal, assim como Arthur Orsi para deputado estadual. Farei isso no Brasil inteiro. Seja com os nossos candidatos a deputado federal, estadual, como com os nossos candidatos a governador, nosso candidato a presidente. Foi uma opção que eu fiz. Eu estava até dois anos atrás me preparando para ser candidato a senador. Entendo até que eu teria boa chance, teria isso nessa candidatura, mas acabei deixando para um outro momento com a disputa de uma nova eleição. Gosto de eleições. Eu já me elegi na maior cidade de país de vereador, fui vereador por São Paulo, fui deputado estadual do estado de São Paulo, fui duas vezes deputado federal, disputei a eleição de prefeito duas vezes na maior cidade do país. Então a eleição é algo que me fascina muito. Essa relação com eleitores e esse carinho, essa parceria. Nessas eleições pretendo fazer (apoiar) em São Paulo junto com o Dario, com o Guilherme, com o Artur na região de Campinas. Procurarei fazer em todo o São Paulo e em todo o país. Todos os dirigentes partidários devem fazer isso também.

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