COM INFOMAÇÕES DE ANDRÉ RICHTER/ AGÊNCIA BRASIL
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou, hoje (26), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, por abuso de poder político e econômico nas comemorações do 7 de setembro de 2022. A ação teve seu julgamento iniciado, na última terça-feira (24) foi retomado hoje pela corte. Bolsonaro já foi condenado a inelegibilidade até 2030 em outra ação que o TSE julgou em junho desse ano. Se condenado novamente as penas atribuídas ao ex-presidente não serão somadas.
O TSE julga a ação que foi movida pelo PDT, e pela Senadora Soraya Thronicke (Podemos), que disputou a presidência em 2022, pelo União Brasil. O pedido pede a inelegibilidade do ex-presidente e aplicação de multa. Por abuso de poder político durante a campanha eleitoral de 2022.
O ministro Bento Gonçalves, relator da ação, votou pela inelegibilidade de Bolsonaro e fixou multa de 425 mil reais ao ex-presidente, No voto, Gonçalves ainda atribuiu multa de 212 mil reais ao vice na chapa de Bolsonaro. Segundo o ministro as irregularidades em Brasília ocorreram devido à entrevista de Bolsonaro à TV Brasil, usando a faixa presidencial, antes do início do desfile.
Já no Rio de Janeiro, ainda segundo o relator, as irregularidades ocorreram com o deslocamento de Bolsonaro no avião presidencial, para participar de outro comício paralelo ao evento cívico-militar e pela transferência inédita do desfile militar do centro da cidade para a orla da praia de Copacabana, local que se caracterizou pela presença de apoiadores de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
Após o voto do relator, foi a vez do ministro Raul Araújo votar e ele abriu divergência e votou pela rejeição das ações analisadas nesta quinta. O placar até o momento está empatado em 1 a 1 e o julgamento deve se estender pela tarde toda.
Defesa
Na primeira sessão do julgamento, realizada na terça-feira (24), a defesa de Bolsonaro disse que o ex-presidente não usou a comemoração do 7 de setembro para sua candidatura.
De acordo com a defesa, Bolsonaro deixou o palanque oficial e foi até outra parte da Esplanada dos Ministérios, onde um carro de som estava preparado pela campanha, sem vinculação com o evento cívico.
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