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vacinacaoCampinas descartou 4,6 mil doses de vacina pediátrica da Pfizer em 2022

Campinas descartou 4,6 mil doses de vacina pediátrica da Pfizer em 2022

Segundo a secretaria municipal de Saúde, os imunizantes contra a Covid-19 foram perdidos por causa da baixa adesão à campanha de vacinação

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Vacinação de crianças contra a Covid-19 tem baixa adesão em Campinas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Vacinação de crianças contra a Covid-19 tem baixa adesão em Campinas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Cerca de 4,6 mil doses da vacina pediátrica da Pfizer foram descartadas em Campinas no primeiro semestre de 2022. Os dados foram obtidos via lei de acesso à informação.

Segundo a secretaria municipal de Saúde, o principal motivo dos descartes é a baixa adesão à campanha de vacinação. A pasta considera que a quantia de imunizantes perdidos está dentro do esperado, correspondendo a 3,6% das doses aplicadas.

Campinas ainda não atingiu nem metade da meta de vacinação contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos, uma vez que apenas 49,6% receberam as duas doses dos imunizantes e 66,5% receberam só uma.

Ainda de acordo com a secretaria de Saúde de Campinas, as vacinas que estão próximas ao limite do prazo de validade são devolvidas para o programa estadual de imunização para serem redistribuídas para outras cidades da região.

FAMÍLIAS NÃO CONSEGUEM VACINAR CRIANÇAS

Em contrapartida ao posicionamento da prefeitura a respeito da baixa adesão, têm famílias que enfrentam dificuldades para imunizar as crianças em Campinas.

A auxiliar de cozinha Aparecida da Costa tentou levar a filha Yasmin, de 5 anos, para tomar o imunizante, mas chegando ao Centro de Saúde Santa Odila, foi avisada que não tinha imunizante da Pfizer.

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Os funcionários da unidade não deram um prazo para que os imunizantes estejam à disposição, afirmaram que tinham doses da Coronavac, mas ela só poderia ser aplicada em crianças a partir de 6 anos de idade.

Raquel Stucchi, médica infectologista da Unicamp, relatou à EPTV, afiliada da TV Globo, que o imunizante poderia ser usado, já que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou, no dia 19 de julho, o uso da Coronavac para crianças acima de 3 anos de idade.

Em relação aos descartes, Stucchi avalia que faltou consciência dos pais e um trabalho melhor de informação.

“Nós já tivemos situações parecidas, com a validade próxima ou vencendo, e houve a possibilidade de adiar o vencimento com autorização do laboratório produtor. Eu não sei se isso foi feito, especialmente para as vacinas pediátricas, mas era uma alternativa. Se até o segundo prazo venceu, é uma pena”, analisa a infectologista.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A diretora da Vigilância em Saúde de Campinas, Andrea Von Zuben, afirma que não falta Pfizer pediátrica na rede municipal e que o problema foi na unidade, que não pediu o imunizante. Em relação à Coronavac, Von Zuben diz que Campinas segue a orientação do Estado.

BAIXA ADESÃO

Em relação à baixa adesão da vacinação das crianças, Von Zuben aponta que até mesmo levando os imunizantes às escolas e fazendo transmissões nas redes sociais com esclarecimentos de especialistas, ainda há resistências de alguns pais que seguem acreditando em notícias falsas.

Raquel Stucchi reafirma que o imunizante é seguro e que o vírus continua circulando, sendo o ciclo vacinal completo a melhor maneira de evitar casos graves da Covid-19.

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