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EsportesAlison dos Santos é medalha de bronze nos 400 metros com barreiras nas Olimpíadas de Tóquio

Alison dos Santos é medalha de bronze nos 400 metros com barreiras nas Olimpíadas de Tóquio

Atletismo brasileiro quebra jejum, vai ao podium nos 400 metros com barreiras nos Jogos de Tóquio, Alison dos Santos leva a medalha de bronze e faz a terceira melhor marca da história da prova

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Alison dos Santos é medalha de bronze nos 400 metros com barreiras nas Olimpíadas de Tóquio. Foto:Wagner Carmo/CBAt

O bonde do malvadão perdeu o freio, deixou geral pra trás, ninguém anotou a placa e nos trilhos dos 400 metros com barreiras, o atletismo brasileiro com Alison dos Santos fez história nas Olimpíadas de Tóquio.

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“O que aconteceu família? O bonde do malvadão tá como? Está no podium, esquece! Está medalha é nossa família! Muito obrigado por toda torcida, tamo junto!”, comemorou o atleta em suas redes sociais momentos após o feito histórico. E que feito!

A grande final

Os termômetros do estádio olímpico em Tóquio registravam 31ºC (com sensação de 38ºC) quando Alison Brendom Alves dos Santos ou, simplesmente, Piu (como é carinhosamente chamado) chegou na pista para correr a final dos 400 metros com barreiras.

A já tradicional dancinha acompanhava o ritmo do som que chegava pelos fones de ouvido. Era a forma leve de Alison se manter concentrado e focado no objetivo: correr e fazer história em Tóquio.

O jovem atleta de 21 anos correu com e como os grandes. Ao cruzar a linha de chegada com o tempo de (46.72), o menino de São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, levou o bronze, cravou o terceiro melhor tempo da história da prova e o seu entre os melhores do atletismo brasileiro e mundial.

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Além de ser a primeira medalha brasileira do atletismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a de Alison também foi a primeira medalha em toda a história dos 400 metros com barreiras. Agora, o atletismo brasileiro conta com 18 medalhas em Olimpíadas.

A medalha de ouro foi vencida pelo norueguês Karsten Warholm que também fez história ao bater o seu próprio recorde mundial com o tempo de (45.94). A medalha de prata foi conquistada pelo americano Rai Benjamim com (46.17).

Ambos eram favoritos para chegarem ao podium e, junto com o brasileiro Alison, fizeram uma das provas mais fortes da história dos 400 metros com barreiras.

“O que foi isso hein? Foi sensacional! Surreal, uma palavra que define tudo”, comentou o treinador Felipe de Siqueira em entrevista publicada no site da Confederação Brasileira de Atletismo.

O trajeto até o bronze

Para chegar à final olímpica, Alison passou tranquilo em segundo lugar na sua bateria com o tempo de (48.42). Na semifinal, o atleta brasileiro precisou apertar mais o ritmo, ficou em primeiro lugar (47.31) e bateu o recorde sul-africano pela sexta vez na temporada. Ele sentia que tinha mais a dar na final. E deu!

Comemorar é preciso

Coberto pela bandeira brasileira, Alison e seu “bonde do malvadão” deram voltas olímpicas pelos trilhos do estádio de Tóquio para comemorar a inédita medalha de bronze nos 400 metros com barreiras.

“Eu não estou aqui só por mim. Eu corro por outras pessoas também, meu treinador, minha família, meus patrocinadores, todo mundo que gritou e torceu por mim. Eu não represento só o Alison e o atletismo, represento uma nação”, desabafou emocionado Alison.

Com a impossibilidade da presença de público no estádio, Alison comemorou com um pequeno grupo de brasileiros que testemunhou o atletismo do Brasil fazer história no Japão. E é claro, Piu lembrou das raízes fortes adquiridas na pequena e acolhedora São Joaquim da Barra. A terra do truco!

“Conversei com meu pai e minha mãe (Gerson e Sueli) uns dias antes e corro por eles também. Corro pelo Gersão! Estou louco para voltar para São Joaquim da Barra e jogar um truco, gritar um seis na orelha dele. Quero rever meus irmãos e meus vizinhos”, lembrou o medalhista.

Em toda história do atletismo brasileiro em Olimpíadas, apenas três atletas nacionais competiram em finais olímpicas nos 400 metros com barreiras. Sylvio de Magalhães Padilha nos Jogos de Berlim em 1936, Eronilde Nunes de Araújo e Everson da Silva Teixeira nos Jogos Olímpicos de em Atlanta em 1996. Mas, infelizmente, sem conquistas de medalhas.

Campeão panamericano, sul-americano, podium em mundiais e agora medalhista olímpico. No caso de Alison, grande não é apenas a sua estatura, com mais de dois metros, mas sim a sua capacidade de sonhar com os pés no chão e pulando barreiras. “Temos de pensar grande e trabalhar muito para alcançar esses sonhos”, gritou o medalhista olímpico.

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