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EsportesAs provas de meio fundo no atletismo nas Olimpíadas de Tóquio

As provas de meio fundo no atletismo nas Olimpíadas de Tóquio

Tradicional nos Jogos Olímpicos, o meio fundo é um grupo de provas do atletismo dividido por 800m, 1500m e 3.000m e exige do atleta uma preparação específica

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Prova do800m jogos de Los Angelis 1984 Foto:COI – Divulgação

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Para que se possa falar das provas de meio fundo, é preciso pagar um pedágio. E este pedágio tem nome e sobrenome: Joaquim Cruz, o maior meio fundista da história do atletismo brasileiro. Tá duvidando?

Joaquim Cruz foi campeão olímpico dos 800 metros nos Jogos de Los Angeles nos Estados Unidos e, quatro anos mais tarde, foi prata nos Jogos Olímpicos de Seul na Coréia do Sul e na mesma modalidade.  

Além de ser detentor de duas medalhas de ouro nos Jogos Panamericanos (Indianápolis 1987 e Mar Del Plata 1995). Pronto! Pedágio devidamente pago, então bora voltar a falar da modalidade em que Joaquim Cruz é rei.

Características das provas de meio fundo

As provas de meio fundo são caracterizadas pelas distâncias que variam de 800 a 3.000 metros. A galera que atua nesta modalidade também é conhecida como “meio fundistas”.

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Neste grupo de provas, o atleta fica em uma espécie de transição entre as provas de velocidade e as de fundo. Com isso, na maioria das unidades de treino, são acionados, predominantemente, o metabolismo aeróbio e anaeróbio.

Classificação das provas de meio fundo

Resistência de velocidade de curta duração Corrida até 800 metros
Resistência de velocidade de média duração Corrida de 1500 metros
Resistência de velocidade de longa duração Corrida de 3000 metros com obstáculos

O início nas provas de meio fundo

É de menino que se torce o pepino? Calma lá! Assim como as demais provas do atletismo, o início aqui também deve ser de forma lúdica, com atividades que envolvam as principais brincadeiras do dia a dia uma criança.

Atividades como fartlek (jogo rápido), jogos de corrida e ritmo por tempo sem o uso do relógio ajudam significativamente na melhora da parte aeróbia e na noção de ritmo dos pequenos. Esta abordagem visa não deixar a atividade chata e cansativa, com isso, não espantar o futuro meio fundista.

Antes dos 10 anos, o recomendado é o mini atletismo, depois vem o sub 13 (600 metros); o sub 15 (1000 metros); o sub 17 (800/1500/3000 metros rasos e 2000 com obstáculos); e sub 20 anos (800/1500 metros rasos e 3000 com obstáculos) seguindo até a fase adulta. 

Premiação dos 800 em Los Angelis 1984 Foto: Bob Ramsak for World Athletics

A provas de meio fundo na prática

O competidor larga em pé, as suas marcas e após o sinal sonoro de partida. Todos os atletas ficam em pé atrás de uma linha branca e, após a largada, devem se manter o máximo de tempo possível na raia número 1. É que, só assim, o atleta correrá a distância oficial da prova.

Te explico: se o meio fundista correr na raia 2, por exemplo, fara 7 metros a mais a cada volta, ou seja, gastará mais energia e percorrerá uma distância maior em relação a quem correu o tempo todo na raia 1.

As chegadas são fixas e as largadas dependem de cada prova

Nos 800 metros, a largada e a chegada são no mesmo local. Já para os 1500 metros, a largada ocorre nos 300 metros e, ao passar pela chegada, vão faltar 3 voltas para o atleta completar a prova.

No caso dos 3.000 mil metros com obstáculos a largada vai depender: da localização do fosso com água, se é por dentro ou por fora da pista. Via de regra, os atletas saem no meio da reta oposta a chegada.

A queima da largada é bem rara, mas pode acontecer e segue o mesmo padrão das provas de velocidade para a sua desclassificação. Queimou, lascou!

Principais atletas brasileiros
Nas provas de meio fundo os melhores resultados brasileiros foram com, Luciana de Paula Mendes, Joaquim Cruz, Aguiberto Guimaraes, Zequinha Barbosa, Kleberson David, Fabiano Peçanha, Hudson Santos de Souza, Juliana Paula Gomes dos Santos, Zenaide Vieira, Adauto Domingues, Clodoaldo Lopes do Carmo e Wander do Prado Moura, Altobeli Santos Silva e a nova geração que está nas Olimpíadas de Tóquio.

Recordistas nos 800 metros
Os recordistas brasileiros nos 800 metros são: Joaquim Cruz com o tempo de (1:41.77) e Luciana de Paula Mendes (1:58.27).

Os mais rápidos do mundo na modalidade são: o queniano David Lekuta Rudisha (1:40.91) e a checa Jarmila Kratochvilová com o tempo de (1:53.28). Já os recordistas olímpicos são: o mesmo David Lekuta e com o mesmo tempo. No feminino o recorde olímpico nos 800 metros pertence a ucraniana Nadezhda Olizarenko (1:53.43).

Recordistas nos 1500 metros

Os brasileiros Hudson Santos de Souza (3:33.25) e Juliana Paula Gomes dos Santos (4:07.30) são os recordistas brasileiros nos 1500 metros.

Os meios fundistas mais velozes da modalidade são: o marroquino Hicham El Guerrouj que detém o tempo de (3:26.00) e a etíope Genzebe Dibaba (3:50.07). Os donos do recorde olímpico são: Noah Ngeny do Quênia com o tempo de (3:32.07) e a romena Paula Ilie-Ivan (3:53.96).

Recordistas nos 3000 com obstáculos

Os recordistas brasileiros nos 800 metros são os atletas Wander do Prado Moura (8:14.41) e Juliana Paula Gomes dos Santos (9.38.63).

O meio fundista do Catar Saif Saaeed Shaheen com o tempo de (7:53.63) e a queniana Beatrice Chepkoech (8:44.32) são os recordistas mundiais nos 3.000 metros com obstáculos. Os recordes olímpicos pertencem ao queniano Conseslus Kipruto (8:03.28) e a russa Gulnara Samitova-Galkina (8:58.91).

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