Com Everton Ribeiro e Arrascaeta na armação e Gabriel e Pedro no ataque, o Flamengo enfrenta o Vélez Sarsfield nesta quarta-feira, às 21h30, em Buenos Aires, disposto a usar o que tem de melhor a fim de abrir vantagem neste primeiro encontro da semifinal da Copa Libertadores. O duelo que vai definir um dos finalistas acontece na próxima quarta, dia 7, no Maracanã.
A estratégia para entrar com uma equipe altamente competitiva foi trabalhada durante todo o mês de agosto. No período, o técnico Dorival Júnior alternou um time reserva em algumas partidas do Brasileirão e da Copa do Brasil a fim de preservar seus titulares para este duelo na Argentina.
O clube carioca entra como favorito não só por ter o melhor elenco, mas também por estar vivendo uma fase produtiva. Além de postular o título da Libertadores, o Flamengo é semifinalista da Copa do Brasil e ocupa a vice-liderança do Campeonato Brasileiro.
O retrospecto nesta edição da Libertadores também deixa o torcedor animado. O time está invicto e dos dez confrontos, venceu nove. O único empate até aqui aconteceu justamente na Argentina: empate de 2 a 2 com o Talleres no dia 4 de maio, ainda pela fase de grupos.
A única baixa em relação ao time titular deve acontecer na defesa. David Luiz apresentou um quadro de hepatite viral leve, iniciou o tratamento com medicamentos, mas viajou com a delegação para Argentina. No entanto, sua participação no duelo é improvável e Fabrício Bruno deve formar a zaga ao lado de Léo Pereira.
No meio-campo, João Gomes e Thiago Maia começam a partida e o veterano Vidal deverá ser opção para o decorrer dos 90 minutos. Satisfeito com o desempenho dos times titular e alternativo ao longo do mês de agosto, Dorival comemora o fato de chegar a Buenos Aires sem nenhum atleta lesionado.
“Estamos fazendo um esforço grande para poder conseguir vencer as partidas e não estourar nenhum jogador. Isso é muito importante para a manutenção do trabalho”, comentou o técnico rubro-negro.
O Flamengo busca abrir uma vantagem nesta primeira partida também com um outro objetivo: o de consolidar a fama recente de time copeiro. Caso supere o Vélez nesta semifinal, a equipe carioca pode disputar a sua terceira decisão de Libertadores em quatro anos (venceu o River Plate em 2019 e ficou com o vice em 2021 contra o Palmeiras).
Mas se a equipe brasileira chega com sobras para o duelo, o Vélez tem problemas. O técnico Alexander Medina não poderá contar com o zagueiro uruguaio Diego Godín, machucado. O meia Máximo Perrone, um dos principais nomes do elenco, também está entregue ao departamento médico.
Para piorar, o Vélez faz campanha ruim no Campeonato Argentino. O clube é penúltimo colocado e somou apenas 12 pontos em 48 possíveis. Diante de tantos problemas, Medina recorre ao imponderável a fim de tentar equilibrar as ações.
“A história já mostrou muitas vezes que um time com menos possibilidades já conseguiu se superar e derrotar um rival considerado favorito. Sabemos das qualidades do adversário, mas também temos nossas fortalezas”, afirmou.