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CotidianoUsina da região de Ribeirão Preto é invadida e tem colheitadeiras e caminhão queimados

Usina da região de Ribeirão Preto é invadida e tem colheitadeiras e caminhão queimados

Os responsáveis pela usina suspeitam que o crime tenha sido praticado por alguns rancheiros da beira do rio Pardo

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Uma usina, em uma fazenda em Cruz das Posses, distrito de Sertãozinho, foi invadida por quatro homens encapuzados. O vigia foi rendido e o bando colocou fogo em três colheitadeiras e em um caminhão.

O caso, segundo os responsáveis pela usina, foi por volta das 20 horas do sábado (30). O bandidos fugiram levando um celular do vigia.

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De acordo com o boletim de ocorrência, os responsáveis pelo local suspeitam que o crime tenha sido praticado por alguns rancheiros da beira do rio Pardo, que, por decisão judicial, estão saindo das propriedades (entenda mais abaixo).

Segundo o registro da ocorrência, o vigia contou que foi rendido por um homem com uma pistola, mas percebeu a presença de quatro homens encapuzados.

Esses homens mandaram o vigia avisar ao patrão que queimariam tudo na usina porque estavam derrubando os ranchos deles Ele foi agredido e amarrado, mas conseguiu fugir para o canavial.

Esse vigia informou ainda que ouviu algumas explosões, provavelmente vindo das colheitadeiras e do caminhão. Já longe da propriedade, ele encontrou outro funcionário da usina e pediu ajuda.

As colheitadeiras e o caminhão ficaram completamente destruídos – o prejuízo total não foi divulgado. A perícia foi acionado e a ocorrência registrada na Polícia Civil de Sertãozinho. Até o momento, ninguém foi preso.

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Medidas sendo tomadas

A Agropecuária Iracema, responsável pela usina, confirmou que “a empresa sofreu atos de vandalismo em relação a equipamentos e lavoura canavieira, bem como agressão física e psicológica contra seus colaboradores”.

“Os autores de tais atos afirmaram se tratar de resposta dos rancheiros às medidas de desocupação de Áreas de Preservação Permanente para adequações ambientais às margens do Rio Pardo, fato este a ser apurado pelas autoridades”, informou a Agropecuária Iracema, em nota.

“A empresa lamenta profundamente o ocorrido e reitera que as medidas em tais áreas são fruto do cumprimento de Ação Civil Pública”, finaliza a nota.

Demolição dos ranchos

Na última decisão envolvendo os ranchos à beira do rio Pardo, a juíza Mariana Tonoli Angeli, da 1ª Vara da Fazenda de Jardinópolis, determinou que fosse mantida a desocupação e demolição dos imóveis.

A juíza entendeu que é desnecessário aguardar o trânsito em julgado da decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). São cerca de 900 ranchos na região afetada pela decisão.

 “Observo que, diante do desfecho dos recursos interpostos perante o E. Tribunal de Justiça de São Paulo […], o cumprimento do cronograma deverá abranger também os imóveis localizados em propriedades pertencentes à Comarca de Sertãozinho”, escreveu a juíza na decisão.

Também nesta sexta-feira (29), o ministro Benedito Gonçalves, relator do processo no STJ, negou uma reclamação realizada pelos rancheiros. A ação é a mesma que havia paralisado as desocupações dos ranchos em junho.

Após a desocupação dos ranchos, por acordo com a Justiça, será responsabilidade das usinas a demolição dos imóveis e a recomposição da mata ciliar ao rio Pardo.

A reportagem não conseguiu falar com os advogados dos rancheiros. Se eles se posicionarem, o conteúdo será atualizado.

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Marcelo Fontes
Marcelo Fonteshttp://www.acidadeon.com/ribeiraopreto
Formado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Pós-graduado em Marketing para Mídias Digitais.
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