O ajudante de pintor Jeferson Brendo Ramalho Cardoso, acusado de matar a enteada Sophia Vitoria Oliviero Ramalho, de três meses, foi condenado a pouco mais de 42 anos de prisão.
A sessão do Júri Popular aconteceu nesta quinta-feira (23) e teve início por volta das 9h.
Após a decisão, David Sousa, tio da vítima, disse “sei que nada que faça trará a saudade da minha sobrinha, essa dor jamais será será coberta. Porém confio nas mão de Deus que fez a justiça”.
Por quatro votos a três, o Júri decidiu que Jeferson é culpado pelo homicídio da criança, em todas as qualificadoras:
- Homicídio triplamente qualificado por meio cruel;
- Recurso que impossibilitou defesa da vítima; e
- Feminicídio (Sophia estava registrada como filha dele).
O advogado de defesa, Hamilton Paulino, disse que irá recorrer à sentença. Ele alega que a juíza infringiu o artigo 212 do Código de Processo Penal, desta forma, irá pedir a nulidade do júri.
O artigo 212 do CPP diz que “as perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida”.
O crime
O crime aconteceu no dia 15 de outubro de 2021. À época, a mãe da menina, Bruna Neris, disse que deixou a filha com o companheiro em casa, no Planalto Verde, para ir trabalhar. Ao retornar, encontrou a criança desacordada.
No velório da criança, a mãe disse que Jefferson contou que teria deixado a bebê cair durante o banho e que o ocorrido seria uma fatalidade.
O atestado de óbito apontou que Sophia Vitoria Oliviero Ramalho morreu após traumatismo craniano, fratura de crânio, politrauma e hemorragia aguda.
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