O desaparecimento de Naclerio do Nascimento, o seu “Nacré”, completa dois anos neste sábado (19) em Jardinópolis, na região de Ribeirão Preto. Em 19 de fevereiro de 2020, o idoso saiu de casa com uma bicicleta, dizendo à família que iria até um mecânico.
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À época, ele tinha 83 anos e havia acabado de obter diagnóstico positivo para Alzheimer. Desde então, não foi mais visto. Ao acidade on, a neta de seu Nacré, Gislaine Nascimento, descreveu toda a angústia que aflige a família nesses últimos tempos.
“Às vezes, o pessoal aparece com fotos de senhorzinhos que se parecem com ele. Notícia boa ou ruim, a gente precisa ter. É muito ruim você não saber o que aconteceu. Se está vivo ou morto. É uma sensação de impotência muito grande”, lamentou Gislaine.
Atualmente, o caso é investigado pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Ribeirão Preto.
Últimos registros
Logo após sair de casa, o idoso foi gravado por uma câmera de segurança nas proximidades da rodovia Anhanguera (SP-330), no quilômetro 329, entre Jardinópolis e Orlândia. Uma imagem mostra ele andando com a bicicleta. Dias depois, apenas a bicicleta foi encontrada em um canavial, mas sem nenhum indício relacionado à localização de Nacré.
Queixas
Em novembro de 2021, um crânio humano foi achado na região onde a bicicleta do idoso havia sido localizada. De acordo com Gislaine, os familiares foram acionados pela polícia. Contudo, ainda vivem a expectativa de saber se o crânio realmente era do idoso, que completou 85 anos em 1º de dezembro.
“É só mais um número, um desaparecido que entra para as estatísticas. Não temos mais para onde ir. São dois anos de tristeza e desespero. E ainda não obtivemos o laudo da perícia em relação ao crânio encontrado”, afirmou a neta.
O que diz a SSP
Procurada pela reportagem, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) não se posicionou em relação ao caso até a publicação da notícia.