A mãe e o padrasto das crianças de 4 e 7 anos agredidas e encontradas com os rostos desfigurados em Jardinópolis, na região de Ribeirão Preto, se tornaram réu no processo. O crime teria ocorrido no último dia 13 de julho.
Segundo a Promotoria que fez a denúncia a Justiça, Caroline Menezes de Lima, de 22 anos, e Deivid Alex dos Santos, de 21 anos, responderão de acordo com a Lei 9.455/1997, conhecida como Lei da Tortura. Ambos estão presos preventivamente.
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A promotora de Justiça Maria Julia Câmara Facchin Galati relatou que o homem submeteu os enteados a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo. Já a mãe das crianças se omitiu quando tinha o dever e podia agir para evitar os maus-tratos.
Ainda segundo a Promotoria, Deivid teria se irritado ao saber que os enteados estavam pedindo dinheiro na rua e passou a agredi-los com as mãos, fios, pedaço de pau e chinelos. Laudos periciais apontaram ainda a existência de lesões mais antigas nos meninos.
Padrasto estava foragido
O padrasto das crianças vítimas de tortura se apresentou na manhã desta quinta-feira (21) à Polícia Civil de Jardinópolis.
Deivid dos Santos era considerado foragido, depois que um mandado de prisão foi expedido pela Justiça. Ele é apontado pela polícia como o principal suspeito das agressões contra os enteados de 4 e 7 anos.
Já a mãe das crianças, Caroline de Menezes Lima, foi presa preventivamente na quarta-feira (20). O delegado André Baldochi afirmou nesta quarta, durante coletiva de imprensa, que a mãe teria tentado esconder as agressões sofridas pelos filhos.
Clamor por Justiça
A tia de uma das crianças, Lilian Maria Zeferino, foi até a delegacia após saber da prisão do padrasto. “Nós estávamos sofrendo demais. Graças a Deus a Justiça foi feita”, disse a tia.
Deivid dos Santos se apresentou na Delegacia de Jardinópolis junto do seu advogado de defesa. “Assim que tomamos conhecimento do mandado de prisão, entramos em contato com o delegado para apresentar e para que ele [padrasto] responda de forma correta à Justiça. Se ao fim for condenado, que cumpra sua pena. Trata-se de um jovem primário, que não é dado à criminalidade e não tem histórico de crimes de violência”, disse o advogado Douglas Marques.
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