Em 2021, a Secretaria Estadual de Saúde já registrou 2.200 casos de pessoas com a febre chikungunya em todo o Estado de São Paulo. No ano passado inteiro foram 48 casos, o que significa um aumento de 4.483%.
A doença que é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypt – o mesmo que transmite a dengue – ainda não é considerada uma epidemia, porém a cada ano, pode ficar mais forte, como explica o médico infectologista Bernardino Souto.
“É uma doença que vem as poucos, faz pequeno número de casos num ano, passa um ano sem muitos registros ; isso vem aumentando progressivamente até que em um determinado momento, pode fazer uma epidemia explosiva, semelhante ao que acontece com a dengue”, disse Bernadino.
A febre chikungunya é considerada menos grave que a dengue, ainda assim traz preocupação pelos sintomas persistentes que podem ficar nos pacientes acometidos. A professora Miriam Silene Sanches conta que ela e o marido pegaram a doença em março. Desde então ela não é mais a mesma. “Principalmente inchaço nas mãos, pés e parte física que começa a dor demais”, disse Miriam.
O médico Bernardino Souto explica que em cerca de 50% das pessoas, a doença pode evoluir para a forma crônica. “Tem casos que duram de 3 a 6 anos, um quadro de inflamação crônica das articulares, limitação de movimento, dor e consequentemente necessidade de fazer tratamento a longo prazo”, conclui Souto.