A plataforma leitoscovid.org informa que na tarde desta terça-feira (6) os dois Polos Covid de Ribeirão Preto têm 106 pacientes internados, aguardando a liberação de vagas em hospitais. Entre esses pacientes, 14 estão internados em vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), inclusive, intubados.
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Enquanto isso, as famílias vivem momentos de angústia. Entre os pacientes que estão intubados no Polo Covid, está a dona Maria do Socorro Lima Sampaio, de 77 anos, que foi levada por familiares para UPA no último domingo (4), após ser diagnosticada com covid-19.
De acordo com a neta Gabriele Sampaio, a idosa chegou a ter liberado um leito de enfermaria na Santa Casa. Contudo, ela conta que o estado de saúde da avó piorou e, por isso, precisa do tratamento em uma UTI, que ainda não foi liberada.
“A gente está ligando e não tem informação, a única informação que temos é que ela precisa de UTI com urgência e não tem”, disse Gabriele.
Situação parecida vive Ricardo Lomastro, que espera pela liberação de uma vaga em hospital para o pai José Luiz Lomastro, que também está intubado na UPA. O idoso tem 71 anos de idade e, de acordo com o filho, foi internado na última terça-feira, dia 30 de março.
“Eles falam que ele está estável e não teve intercorrências nesse período. Pergunto sempre sobre a situação, e dizem que está dentro dos parâmetros. Quando ele entrou, ele estava com cateter, depois passou para máscara de oxigênio e me ligaram sábado (3) falando que ele foi intubado e que já tinham solicitado uma vaga de internação em hospital”, disse.
Saúde alega dificuldades
Por meio de nota, a secretaria da Saúde de Ribeirão Preto informou que, em razão do chamado “pré-colapso” que o sistema de saúde do município vive no momento, os hospitais da cidade estão em situação crítica em com dificuldades para atender todos os doentes.
Contudo, a pasta salienta que todos os pacientes que são atendidos nos dois Polos Covid recebem o tratamento necessário e adequado para as fases iniciais da doença. “No entanto, muitos casos têm evolução muito rápida para a gravidade extrema, mesmo dentro dos hospitais da cidade”, informou.