Um empresário de Ribeirão Preto é alvo da operação Alquimia contra a falsificação de agrotóxicos, deflagrada nesta terça-feira (22), pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul com apoio da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais).
Estão sendo cumpridos 53 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Bahia.
Em Ribeirão são dez mandados de busca e apreensão e um de prisão contra o empresário, de 39 anos, suspeito de ser uma das lideranças do esquema. Ele foi encontrado em uma apartamento no Jardim Botânico, na zona Sul.
Segundo as primeiras informações da polícia, o homem chegou a ser autuado em flagrante em março do ano passado, em Ribeirão. À época, a polícia diz ter descoberto um dos laboratórios clandestinos na cidade.
Como o suspeito acabou sendo liberado no decorrer do processo, a polícia afirma que ele teria retornado ao crime.
‘Fábrica’ em Ribeirão
Ainda conforme a polícia, os agrotóxicos falsificados em Ribeirão eram enviados para várias regiões do país. No RS, o armazenamento ocorria nas cidades de Ijuí e Cruz Alta.
“Criminosos desta região se encarregavam de comercializar e repassar parte dos produtos para integrantes de outros locais do estado. Estes produtos eram comercializados com agricultores a valores bem abaixo do valor de mercado. Quando aplicados na lavoura, por óbvio, não produziam o efeito desejado”, diz a polícia do RS com base em laudo que comprovaria a fraude, obtido com as empresas fabricantes.
De acordo com a polícia, também houve bloqueio de contas e apreensão de veículos dos investigados.
A polícia diz que as prisões preventivas foram decretadas contra lideranças da organização, mas tem conhecimento que o número de integrantes é maior.
Parte dos envolvidos possui antecedentes em crimes de estelionatos, furtos e receptação de defensivos, contrabando, descaminho, crimes ambientais e associação criminosa, segundo a polícia.