Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) o empresário José Ailton Gomes, um dos presos na Operação Dólos, deflagrada nesta terça-feira (2), na região de Ribeirão Preto, dava cobertura ao grupo suspeito de fraudar licitações.
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Em entrevista coletiva, o promotor Rafael Piola afirmou que Gomes, irmão do ex-vereador de Ribeirão Preto Genivaldo Gomes – condenado na Sevandija – fracionava as licitações para que todos os parceiros do grupo recebesse o dinheiro dos contratos. O ex-vereador não é investigado na operação.
“Ele participava do esquema dando cobertura. Ajustando contas com o grupo empresarial que era o alvo da nossa investigação de Orlândia e Itanhaém fracionando objetos licitatórios, dando orçamentos, coberturas. O nicho que a gente chamou de empresas parceiras. Atuava de uma forma que todos ganhem ao menos uma parte do objeto da licitação”, disse o promotor.
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A advogada de José Ailton Gomes, Maria Cláudia de Seixas, disse que só vai falar sobre o caso depois que tiver acesso ao processo.
A fraude
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 90 de busca e apreensão. Destes, 24 são destinados a pessoas jurídicas, 12 em prefeituras e o restante a pessoas físicas.
As equipes atuaram em 25 municípios do Estado de São Paulo. Segundo o Gaeco, as fraudes teriam começado em 2014 e movimentaram mais de R$ 40 milhões. Todos os presos foram levados para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Franca, sede da operação.
No Estado de São Paulo, 14 foram presas na operação deflagrada nesta terça. Além disso, um investigado não foi encontrado (com informações EPTV).