A leishmaniose visceral (LV) é uma doença grave, causada por um parasito transmitido para pessoas e cães por meio da picada de um inseto muito pequeno, conhecido como “mosquito palha”. Esse mosquito tem cor castanha ou amarela e costuma picar ao entardecer e durante à noite. A explicação é da bióloga da divisão de Vigilância, em Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde, Roberta Azevedo.
No ciclo da doença o inseto pica um cão doente – portador do parasito -, em seguida, pica uma pessoa saudável, que também pode desenvolver a doença.
Sem o inseto, não há transmissão da leishmaniose. Então, a melhor prevenção é evitar a proliferação do mosquito palha. As fêmeas do mosquito palha põem seus ovos na terra úmida, sombreada e com acúmulo de folhas, frutos e fezes de animais.
Prevenção – Cada cidadão deve limpar diariamente quintais e jardins, recolhendo todo material orgânico do chão (fezes de animais, acúmulo de folhas e frutos de árvores, restos de madeira, etc.).
Os cães merecem atenção para que não sejam picados pelo inseto transmissor da LV. Mantenha-os bem alimentados e com boa higiene e evite que fiquem soltos na rua. O uso de coleiras repelentes ajuda a evitar que sejam picados pelo mosquito.
Outras medidas que ajudam a manter o mosquito palha longe é a colocação telas com malha 70 nas janelas e portas da casa e o uso de mosquiteiros e repelentes.
Sinais e sintomas da LV em humanos – Febre durante muitos dias, perda de peso, fraqueza, anemia e aumento do fígado e baço. Em casos graves podem ocorrer sangramentos. As pessoas que apresentarem esses sintomas devem procurar uma Unidade de Saúde para diagnóstico e tratamento.
Sinais e sintomas nos cães – Os cães infectados pelo parasito podem apresentar sinais da doença logo após a infecção ou demorar até vários meses para iniciarem os sintomas.
Os principais sintomas nos animais são: emagrecimento, queda de pelos, crescimento exagerado das unhas, descamação da pele, fraqueza, feridas no focinho, nas orelhas, ao redor dos olhos e nas patas. A única forma de saber se os cães estão infectados é por meio de exames específicos de laboratório.
Atualmente, existe apenas um medicamento aprovado contra a leishmaniose canina que controla os sintomas, mas não cura o animal. Sendo assim, o cão fica portador do parasito pelo resto da vida possibilitando a infecção do mosquito vetor. Em caso de suspeita, procure orientação de um médico veterinário.