Se uma planta fica sem água, ela murcha até morrer. Todo mundo entende isso, mas quando se fala no que uma pessoa precisa, cuidado, abrigo, comida, é difícil lembrar-se de algo tão essencial quanto a água: a espiritualidade.
Assim como a água, a espiritualidade não tem cor, nem cheiro e cabe em qualquer vaso. É como a seiva de uma árvore. A gente não vê, mas sabe que está ali, pela manifestação, beleza, crescimento, futuro.
O monge beneditino Dom Guilherme das Mercês, afirma que a espiritualidade tem que ser cuidada junto com o corpo. “Tem pessoas que cuidam muito do corpo, mas elas esquecem de organizar a mente e o espírito. E tem pessoas que cuidam muito do espírito, e esquecem que o corpo é preciso e a mente também”.
Olhar no espelho e no passado
Para o Fernando Gentil, responsável pelo Centro Cultural Soka Gakkai, em Ribeirão Preto, a espiritualidade foi encontrada no budismo. “Um jeito de olhar no espelho, de olhos fechados, para se enxergar”, afirma Fernando.
“E esse exercício faz com que você comece a reconhecer neste espelho os seus defeitos, o que você precisa transformar, o que você precisa mudar dentro de você”, destaca.
Já a psicóloga e consultora educacional, Paula Oyarinú, encontrou a profundidade nas raízes africanas. “Existe um provérbio que diz ‘a ancestralidade é a via de identidade histórica. Sem ela, não sabemos o que somos e o que queremos ser’”.
Ela é psicóloga e atua em instituições de ensino com novas luzes sobre o estudo dos povos. Foi a pesquisa dos antepassados que levou a um passo à frente. Para ela, a existência é como a história: só existe quando é contada.
“A espiritualidade, ela é o encontro consigo mesmo e com o outro. Através da matriz africana, nos entendemos que não há existência, não há vida sem a coletividade, sem o encontro com o outro”, destaca.
Religião e espiritualidade
Em busca de explicações, fácil é confundir: espiritualidade é o mesmo que religião? “Não, não é. Existem pessoas que são religiosas e não estão espiritualizadas. E existem pessoas que são espiritualizadas e elas não têm uma ligação formal, digamos assim, com uma religião”, diz Dom Guilherme.
“Os rituais, não importa de qual prática, ajudam a conexão com o divino. Mas a espiritualidade, mesmo, talvez seja a busca por um propósito maior da vida. E um jeito sacramentado de evoluir é, não só falar, mas partir para a ação”, afirma.
“Eu faço o bem para você. Este bem, às vezes, não vai voltar pra mim, ele vai, às vezes, para uma outra pessoa que você não conhece. Este é o mistério da fé, porque eu posso fazer o bem para você, você vai pegar esse bem que eu te fiz e vai encaminhar para uma outra pessoa. E aquele vai encaminhar. É aí que está a essência do bem”, completa o monge.
As histórias inspiradoras de pessoas e metas para 2024 foram exibidas ao longo da semana no EPTV 2. As reportagens do repórter Dirceu Martins também estão disponíveis no Globoplay de forma gratuita (clique aqui).
SAIBA MAIS
Confira quais são os shows confirmados em Ribeirão Preto em 2024
FIQUE ON
Fique ligado em tudo que acontece em Ribeirão Preto e região. Siga os perfis do acidade on no Instagram e no Facebook.
Receba notícias do acidade on no WhatsApp. Para entrar no grupo, basta clicar aqui.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ribeirão Preto e região pelo WhatsApp: 16 99117 7802.
VEJA TAMBÉM
Saiba como José Duboc conquistou o papel de Du em “Renascer”
