Nesta segunda-feira (28), a atual esposa de Fausto Silva, Luciana Cardoso, foi ao Instagram para falar sobre a cirurgia que o apresentador fez no último domingo (27), quando passou por um transplante de coração.
De acordo com a mulher, a família sabia da necessidade do transplante desde o primeiro dia de internação de Fausto, que ocorreu no dia 5 de agosto.
“Ontem foi um domingo abençoado para nossa família. Desde o primeiro dia de internação de emergência já sabíamos da necessidade do transplante. Depois dos exames de painel de anticorpos e outros detalhes médicos. Fausto foi incluído na lista no dia 8 de agosto de 2023.”
Em um primeiro instante, segundo Luciana, a família preferiu esconder a necessidade do transplante de coração. “Nos mantivemos em silêncio como é característica até que a internação se tornou pública. A princípio, achamos que preservar o quadro clínico e a necessidade do transplante seria a melhor opção. Mais uma vez, as coisas tomaram outro rumo e o transplante foi anunciado por uma rádio”, declarou.
Ainda na ‘carta aberta’ divulgada pela mulher, ela agradece às mensagens recebidas pelas redes sociais.
Rapidez no transplante
Embora a cirurgia do apresentador tenha sido classificada como “prioridade máxima”, Faustão teve que entrar em uma lista de espera única coordenada pelo Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde que vale tanto para pacientes da rede pública quanto para os da privada.
O prazo total entre a internação e o transplante do apresentador foi de 22 dias, o que causou reações nas redes sociais, criticando a rapidez no processo. Em São Paulo, o tempo de espera por um transplante oficialmente é de 1 a 3 meses – mas pode ser reduzido por urgência.
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De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, na madrugada do domingo a Central de Transplantes teve a oferta de um coração.
“O sistema informatizado de gerenciamento de transplantes trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Desses, quatro estavam priorizados, sendo que o paciente (Faustão) ocupava a segunda posição nesta seleção. A equipe transplantadora do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão e, desta forma, a oferta seguiu para o segundo paciente da seleção.”
O que dizem os especialistas
Um prazo menor de 30 dias para um transplante de coração não é raro, de acordo com especialistas. “Isso com os critérios de gravidade que nós temos hoje. Neste ano, 60 pacientes no Brasil receberam o órgão com menos de um mês de fila de espera”, afirma Gustavo Fernandes Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e diretor do programa de transplante da Santa Casa.
Essa é a mesma visão de Paulo Pêgo Fernandes, professor de cirurgia torácica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do conselho da ABTO. “(O prazo) não surpreende. Não é rotineiro, mas já tivemos casos até mais rápidos.”
Existem diferentes categorias de prioridade, de acordo o estado de saúde do paciente. Aquele que precisa de auxílio mecânico para o funcionamento do coração com o aparelho conhecido como Ecmo – máquina extracorpórea que fornece suporte para o sistema cardíaco – é o primeiro da fila.
Depois, vêm aqueles que precisam de balões intraórticos, que ajudam a bombear o sangue para o organismo. Em seguida, os pacientes que estão na UTI, com medicamentos intravenosos. Por fim, aqueles que recebem tratamento na enfermaria. Quando o receptor está em tratamento ambulatório domiciliar, vale a ordem cronológica da fila e a espera chega a alguns meses.
(Com informações da Agência Estado)
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