A família de Clarice Marciano da Silva, de 50 anos, morta pelo marido Reginaldo Martins da Silva, de 53 anos, na tarde de quarta-feira (1º), contou que a vítima sofria agressões físicas e psicológicas recorrentes durante os 32 anos de casamento.
À EPTV, a irmã da vítima Cláudia Aparecida Marciano informou que Clarice sofria violência há anos e, em alguns casos, registrava as agressões do marido com fotografias.
“Ela sempre sofreu agressões. Recentemente, confessou para gente que sofreu dois abortos provocados por espancamentos. Ele já bateu nela com fio de arame, que machucou as costas. Tinha cicatriz nas costas por causa disso. Estrangulamentos, murros, ameaças verbais e emocionais. Ameaças emocionais muito mais do que física”.
Cláudia conta, ainda, que a irmã tinha medo de procurar ajuda, porém, com a gravidade das agressões, chegou pedir a separação e a divisão de bens.
“Ele não aceitava a separação, porque ela já vinha falando que ia se separar. Toda vez que tomava essa providência, ele ameaçava ela dizendo que não teria direito a nada e que mataria ela e a família. Sempre falava isso e ela sempre relatava isso para nós.”
Problemas neurológicos
Nesta quinta-feira (2), após passar por audiência de custódia, a Justiça reverteu a prisão em flagrante de Reginaldo para preventiva.
O advogado de Reginaldo Jair Fiore Junior informou que o cliente sofre de problemas neurológicos e que vai entrar com pedido para que o cumprimento da prisão preventiva seja domiciliar.
Além do crime de homicídio praticado contra a esposa, Reginaldo é acusado de abuso sexual contra menores e recorria da condenação em liberdade.
Sobre o caso
Um homem de 53 anos foi preso suspeito de matar a esposa com uma garrucha nesta quarta-feira (1º), em um sítio de Santo Antônio da Alegria, cidade a aproximadamente 90 quilômetros de Ribeirão Preto.
Segundo o boletim de ocorrência (BO), o homem teria confessado o crime à polícia e alegado que a mulher havia se recusado a fazer o almoço para ele.
A PM (Polícia Militar) foi comunicada sobre o crime por um filho do casal, após ele receber uma ligação do pai sobre o ocorrido.
Uma garrucha calibre 22, que teria sido utilizada no crime, foi apreendida com munição.
O caso foi registrado na CPJ (Central de Polícia Judiciária Permanente) de Ribeirão como homicídio e feminicídio, e posse irregular de arma de fogo de uso permitido para investigação da Polícia Civil.
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